LAÍRE ROSADO: Que Venha o Ano Novo

 

Foram muitas as minhas participações em Festas de Natal e de entrada em um Ano Novo. As festas de fim de ano costumam ser momentos de celebração e confraternização, mas também podem estar limitadas pela tristeza de algum acontecimento inesperado. Para a maioria, a virada do ano significa jogar fora, despedir-se de tudo que não foi bom e que causado frustração e sofrimento.
O Ano Novo costuma ser um momento de esperança, o momento para esquecer as coisas que não deram certo. Para muitos, é hora de crendices e superstições, como se pudesse transformar o momento em garantia para felicidade futura.
Vivenciei esses momentos tão significativos por quase 80 anos. Por todo esse tempo, acompanhei transformações significativas, a começar pela época do rádio que era o principal meio de comunicação. Em minha casa existia um aparelho de marca Mullard, valvulado que, depois, evoluiu para um Transglobe, mais potente, com ondas médias, tropical e curtas. Uma revolução. Atualmente, é possível acompanhar, em tempo real, a chegada do Ano Novo em todo o mundo. No Brasil, esse horário chega depois de festejado em países com fuso horário diferente, podendo estar adiantado em 12 horas, como no Japão, ou em 14 horas, nas Ilhas da Linha da República de Kiribati.
Em anos anteriores, o Réveillon era a festa esperada. Seus participantes eram obrigados ao uso do paletó e gravata, exigidos para os homens, enquanto as mulheres usavam vestidos longos. Uma sirene alta e estridente marcava a chegada da meia noite. Todos ficavam em pé e o conjunto executava o hino nacional. Juntos e muito compenetrados, com a mão direita apoiada sobre o peito, o patriotismo de ficava registrado por poucos minutos. Terminado o momento cívico, a orquestra tocava o Zé Pereira, os paletós e gravatas eram retirados e acontecia o primeiro “grito de carnaval” do ano que se anunciava.
Entretanto, ainda hoje, existe a opção para os que preferiam agradecer a Deus pela existência de cada um. Nas Igrejas, os padres rezam a Missa da Meia Noite, o mesmo acontecendo no Vaticano, com o Papa festejando o nascimento de Cristo. Os católicos praticantes iniciam o ano rezando e celebrando a Eucaristia, intentando repetir esses dois gestos durante todo o novo ano.
A verdade é que o Ano Novo pode não trazer mudanças significativas para cada um, mas é a oportunidade perfeita para renovar a fé e esperança, independente de crença religiosa. Quando chega o momento do adeus ao Ano Velho, é hora de dar vivas ao Ano Novo.

 

 

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