LAÍRE ROSADO – Primeiro Encontro com Dr. Ulysses

Em minha primeira eleição para deputado federal, em 1990, o PMDB elegeu somente três deputados federais. Além de mim, Aluísio Alves e o filho, Henrique Eduardo Alves. Assumimos nossos cargos à 49ª Legislatura da Câmara dos Deputados.

Em Brasília, Henrique me informou que havia agendado reunião com o deputado Ulysses Guimarães, presidente do partido. O PMDB, com 108 deputados federais, era a maior bancada na Câmara. Em seguida, vinha o PFL, com 83 parlamentares. Pelo critério do maior partido eleger o presidente da Casa, o deputado Ibsen Pinheiro assumiu a presidência da Câmara.

Na hora agendada para o encontro com o presidente do partido, nos dirigimos ao seu gabinete. Havia um grande o número de parlamentares, de todos os estados, aguardando a vez de serem atendidos por Ulysses Guimarães.

Quando chegou a nossa vez, Henrique e Aluísio me apresentaram como o novo companheiro do partido, representando o Rio Grande do Norte. Como não podia ser diferente, Henrique registrou que eu estava sucedendo Vingt Rosado, que durante sete mandatos havia representado o estado em Brasília, e desfrutava boa amizade com Ulysses.

Observei que Dr. Ulysses, como era carinhosamente chamados pelos colegas deputados, ouvia tudo com muita atenção, mas falava muito pouco.

Lá pelas tantas, Fui surpreendido com uma colocação de Henrique, ao dizer a Ulysses, “presidente, Laire teve votação maior que a minha e que a de Aluísio.” Minha resposta foi rápida, “Dr. Ulysses, meus votos elegeram apenas um deputado, enquanto Henrique e Aluísio foram eleitos juntos e, somados os votos dois, receberam muito mais do que os que me foram dados. De qualquer forma, agradeço a elegância e a gentileza de Henrique.

Durante todo o tempo em que foi vivo, mantive relacionamento de admiração e respeito por Aluísio Alves. Mesmo quando adversários sempre o considerei o maior líder político da minha geração. Essa minha opinião, quase sempre, era criticada pelos amigos e correligionários, que não aceitavam a realidade dos fatos.

Com Henrique, a amizade continua nos dias de hoje, não apenas entre os dois, mas entre as nossas famílias.

 

 

 

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