LAÍRE ROSADO: O RETORNO DAS LIDERANÇAS POLÍTICAS

O RETORNO DAS LIDERANÇAS POLÍTICAS

Em 2018 tivemos uma eleição atípica, que não ficou restrita à vitória de Jair Bolsonaro como presidente da República. Houve renovação de governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais eleitos nessa avalanche de candidatos que sobrepujaram alguns nomes tradicionais na política nacional.

A onda bolsonarista representou a antítese política do comando petista que vinha ocupando a presidência da República por quatro eleições consecutivas. A presidente Dilma Rousseff tinha um vice-presidente, Michel Temer, em quem não confiava. Terminou afastada do cargo, mas Temer, como presidente, não conseguiu reverter a onda de inconformismo que crescia a cada dia no Brasil. Bolsonaro soube ocupar esse espaço.

Políticos tradicionais foram derrotados e os partidos históricos não conseguiram o desempenho mostrado em eleições anteriores. No Rio Grande do Norte, por exemplo, Garibaldi Alves disputou o terceiro mandato de senador, mas foi derrotado pelo capitão Styvenson Valentim e pela deputada Zenaide Maia.

José Agripino, após 24anos consecutivos no Senado, concorreu ao cargo de deputado federal, mas terminou numa segunda suplência da coligação. O atual ministro do Desenvolvimento, Rogério Marinho, foi outro que não conseguiu reeleição para deputado federal.

Quando se observa o resultado para a Assembleia Legislativa, não conseguiram reeleição os deputados Ricardo Motta (PSB), Márcia Maia (PSDB), Carlos Augusto Maia (PCdoB), Larissa Rosado (PSDB), Jacó Jácome (PSD) e Gustavo Fernandes (PSDB). O deputado Dison Lisboa (PSD) teve o registro de candidatura impugnado e José Adécio (DEM) não disputou as eleições.

Muitos dos que foram eleitos em 2018 são incompetentes para os cargos ou não têm mostrado aptidão política, que não é para amadores. O início da movimentação para as eleições de 2022 está se processando. Políticos que foram afastados, pouco importando o motivo, ligam suas baterias buscando o retorno ao cenário, como deputados federais ou senadores. Apostam na decepção do eleitor com os eleitos anteriormente e o fracasso na execução da mensagem que defenderam, principalmente na inovação do ambiente eleitoral, onde tiveram um grande fracasso.

É nessa interpretação do quadro político atual que as lideranças tradicionais acreditam no retorno. Os eleitores, arrependidos, fariam justiça aos seus antigos representantes.

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