LAÍRE ROSADO: O Brasil na COP 26

Começou hoje, em Glasgow, a 26ª Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, a COP26. A primeira dessas conferências (COP. Na sigla em Inglês, aconteceu em Berlim, em 1955, quando os participantes concordaram em se reunir anualmente para discutir como reduzir a emissão de CO2 e manter o controle do aquecimento global.

Durante muitos anos os Governos dos países mais desenvolvidos, sobretudo o americano, criaram obstáculos para que metas tidas como necessárias e urgentes fossem aprovadas. Para os ativistas, muito pouco foi conseguido. Greta Thunberg, ativista que conseguiu projeção internacional, considera que nada mudou em relação aos anos anteriores e que nada de concreto sairá desses encontros.

Participantes da COP analisam que acordo de Paris adotado em 2015 por 196 países, para limitar o aumento da temperatura global média para menos de 2 ºC, provocou mudanças fundamentais em termos de ações climáticas e determinou uma mudança de rumo.

Há medidas isoladas que mostram outro parâmetro de ação, como aconteceu na Alemanha, onde a Corte Constitucional determinou que as liberdades e os direitos fundamentais dos jovens estão sendo violados pela proteção insuficiente ao clima por parte do Estado. Na Holanda, um tribunal ordenou a petrolífera Shell a reduzir suas emissões globais de CO2 em 45% até 2030, tendo como base os níveis de 2019.

Infelizmente, no Brasil, o governo não parece estar preocupado com a situação. A política ambientalista adotada pelo atual governo vem sendo criticada no mundo inteiro e o país vem recebendo sanções de países que antes financiavam projetos de preservação, sobretudo na Amazônia. O vice-presidente Hamilton Mourão alegou que o presidente Bolsonaro receberia “pedra” se comparecesse à COP26. Convenhamos, isso é inamissível.

No final de semana, na reunião dos G20, o presidente Bolsonaro ficou isolado, sem conseguir diálogo com os demais países. Para não passar em branco, foi recebido em audiência pelo presidente da Itália, o país que patrocinou a última reunião dos 20 países mais ricos do mundo.

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