LAÍRE ROSADO: Isolamento Relaxado

A saída do ministro Luiz Henrique Mandetta do ministério da Saúde foi uma vitória para os que desejam o fim do isolamento social rígido, como estratégia de detenção do avanço da epidemia do novo coronavírus.

O sucessor, Nelson Teich, chegou a publicar alguns artigos defendendo a mesma tese, mas, agora, mostra-se para reticente e sintonizado com o presidente Bolsonaro. Na entrevista coletiva de ontem, do “Gabinete da Crise”, apontou alguns aspectos favoráveis ao retorno da população às suas atividades normais.

Os governadores de Estado e os prefeitos estão pressionados pelos empresários que querem o afrouxamento das regras. O Fundo de Participação dos Estados e o Fundo de Participação dos Municípios tiveram queda acentuada, mas não recebem compensação financeira do Governo Federal.

As classes produtoras reivindicam uma abertura gradual de apenas sete dias. Os governantes estão ganhando tempo, marcando a volta normal para algumas atividades, a partir de 15 de maio. O Ministério da Saúde avisou que vai deixar essa decisão com os governantes.

No Brasil, a pandemia do novo coronavírus, até o momento, à exceção de quatro estados brasileiros, não se mostrou tão assustadora quanto em outros países. A volta às atividades normais pode ser experimentada, de forma gradual e com cuidado redobrado, lembrando que não existe medicamento eficaz contra virose, que pode recrudescer em alguns pouco meses. Enquanto não for descoberta a vacina específica, quanto mais cuidado melhor.

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