LAÍRE ROSADO: Inteligência Artificial, um salto para o futuro

Em teologia, não estudamos somente assuntos relacionados à existência de Deus, das questões relacionadas ao conhecimento de divindade e das tradições religiosas e seus contextos históricos. O curso proporciona ao aluno uma formação humanística, além do estudo das religiões, seus textos sagrados e os efeitos das crenças religiosas nos indivíduos e na sociedade.

No primeiro semestre deste ano, por exemplo, tivemos acesso a um assunto atual e de grande aplicação, Comunicação e Homilética. O professor foi o padre Talvacy Chaves de Freitas que, entre os inúmeros títulos que coleciona, possui Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Ciências das Comunicações. Por seu intermédio, fomos apresentados ao sistema de Inteligência Artificial, IA, uma tecnologia que visa treinar máquinas a imitar o raciocínio humano, sendo, assim, capazes de absorver tarefas, resolver problemas, analisar informações e tomar decisões.

Na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial, o matemático Alan Turing treinou o computador para pensar e atuar como um humano. Em 1950, a IA avançou na teoria e, hoje, é o assunto do momento.  Com o ChatGPT as pessoas passam a pedir ajuda às redes sociais.

A era da IA está sendo considerada a terceira onda de transformação tecnológica do século XXI. Na área da política, foi utilizada por Barack Obama em 2008, modelo seguido por Donald Trump em 2016 para divulgação de fake news e, em 2018, por Jair Bolsonaro com o mesmo objetivo. Entretanto, por ser uma área ainda em construção, mesmo funcionando bem, pode dar respostas incorretas.

Mais recentemente, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, usou intensivamente a inteligência artificial e, ao que tudo indica, as eleições de 2024 podem ser a próxima oportunidade para o seu uso intensivo. O objetivo, será sempre o de destruir reputações e prejudicar adversários. O risco do deepfake é real. Essa tecnologia usa a inteligência artificial para criar vídeos falsos, mas realistas, de pessoas fazendo coisas que elas nunca fizeram na vida real. Outro problema é que, com aplicações e uso de imagens de vídeo ou de textos, aumentarão as campanhas de desinformação que serão habilmente manipuladas por técnicos experientes.

É preciso encontrar métodos para controlar o uso da IA utilizando-a em benefício da humanidade. Para citar único exemplo, na área médica ela é utilizada para a realização de cirurgias, usando robôs manuseados à distância por médicos de qualquer lugar do mundo. Isso aumenta a precisão do tratamento, alcançando partes muito pequenas do corpo humano e mais difíceis de serem operadas pela mão do profissional, além de eliminar o fator da distância física entre médico e paciente.

 

 

Deixe um comentário