LAÍRE ROSADO: Família Bolsonaro em campanha

Foto Carta Capital

 

Os filhos do presidente Jair Bolsonaro são os responsáveis diretos pela sua candidatura à reeleição.  O senador Flávio Bolsonaro é o coordenador geral, enquanto o vereador Carlos Bolsonaro é o responsável pelas redes sociais.  O deputado federal Eduardo Bolsonaro sempre concorda com as opiniões do pai. É claro que os três conversam, em conjunto, sobre temas mais importantes.

Sempre achei estranha a posição do grupo, e do presidente, em relação ao Covid-19. Com o governo comprando vacinas e liberando recursos para hospitais, o presidente Bolsonaro, enfrenta desgaste desnecessário na defesa de remédios sem eficácia comprovada, promovendo aglomerações e liderando campanha contra as vacinas, mesmo as incluídas no programa de saúde do governo federal.

Depois de dois anos do início da pandemia o presidente foi convencido pelo filho Carlos a mudar de discurso. Os irmãos Flávio e Eduardo, além da primeira-dama Michelle Bolsonaro, se imunizaram. A população brasileira aderiu à vacinação e cerca de 80% já receberam a primeira dose.

Nas redes sociais, Carlos Bolsonaro deixou de criticar a vacina. Em mensagem de vídeo, ataca o ex-presidente Lula e ressalta que as vacinas contra a Covid-19 foram aquisição do governo federal.

Em discurso na Câmara Municipal do RJ, perguntou, “quem foi que destinou os bilhões de reais para estados e municípios combaterem a Covid ao longo dessa pandemia? Como é que uma pessoa pega e tem a cara de pau de dizer que o presidente Bolsonaro é isso e aquilo o tempo inteiro, com provocação sem qualquer objetividade?”

Antes, o filho Carlos Bolsonaro, o número 2, defendia o tratamento precoce e comparava a eficácia da Coronavac a jogar uma moedinha para cima.

Depois de passados dois anos, quando a Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente a pandemia do novo coronavírus, é bom saber que o comportamento do presidente da República do Brasil vai mudar a conduta em relação à covid-19.

Mesmo admitindo-se que a nova atitude é eleitoreira é bom saber que ela está acontecendo e merece elogio. Não se espera um pedido público de desculpas do presidente Bolsonaro, mas, se for positivo para sua reeleição, até isso, mais adiante, poderá acontecer.

 

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