LAÍRE ROSADO: Colapso na Saúde

A pandemia do Coronavírus é o assunto do momento. Não somente no Brasil, mas no mundo inteiro.

A infecção pegou a todos desprevenidos, incluindo-se aí os países mais desenvolvidos e seus maiores centros habitacionais.

No Brasil, a situação pode se tornar mais grave ainda por conta da posição do presidente Jair Bolsonaro que não está conseguindo comandar a situação, como estão fazendo outras lideranças mundiais. Sem qualquer explicativa técnica, defende para os brasileiros um comportamento totalmente diferente do que vem sendo adotado em países que já enfrentaram a situação, países que pagaram ou estão pagando um elevado preço pela devastação produzida pelo Covid-19.

Em nosso País, infelizmente, a questão foi politizada e a discussão tomou rumo diferente daquele mais adequado à ocasião. No final, a população assiste ao embate prejudicial, estéril, entre o presidente da República e seu ministro da Saúde.

Ontem, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UnB) apresentaram estimativa de que o número de casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil supera 313 mil pessoas, número 15 vezes maior que a estatística oficial divulgada pelo governo. Em seu último boletim, o Ministério da Saúde fala em 23.340 casos confirmados.

A previsão é que, muito em breve, a rede de saúde em São Paulo poderá entrar em falência, mais cedo do que nos demais estados. Isso, se não houver medidas de distanciamento mais restritivas com isolamento social rigoroso. Nos demais estados brasileiros, a situação será mais caótica ainda.

O ministro da Saúde fez uma comparação grosseira do Covid-19 com o diabético. O paciente é aconselhado a não comer substâncias doces, mas não é obrigado a obedecer. Na pandemia, considera que o isolamento é a melhor conduta a seguir. As pessoas, entretanto, podem aceitar ou não a recomendação.

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