LAÍRE ROSADO: Bolsonaro, o CON-DU-TO-PA-TA

Conheci o senador Marcelo de Castro quando exercia o mandato de deputado federal. Além de médicos, pertencíamos ao mesmo partido político, o PMDB. Costumávamos sentar em cadeiras vizinhas, quando em plenário. Marcelo havia sido convidado para ocupar a Secretaria de Agricultura do Piaui. Eu estava retornando da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Norte. Ele queria saber o funcionamento de programas como o das “Caprifeiras”, o Programa do Leite e a inclusão do leite de cabra dentro do sistema de distribuição de leite. São programas importantes, ainda hoje existentes, mas que não eram executados em outros estados. Governadores e secretários faziam menção ao governador Garibaldi Alves pela iniciativa.

Marcelo de Castro volta à Brasília, como senador, e ocupa posição de destaque, mais recentemente, como Relator do Orçamento. Mesmo tendo um comportamento discreto, sempre participou das reuniões de lideranças de forma participativa, sem medo de exprimir suas posições que defendia com segurança e cobrar posições mais arrojadas do partido.

Felipe Recondo e Luiz weber contam no livro “O Tribunal” que em um jantar no apartamento da ministra Carmem Lúcia, o então presidente do STF Luiz Fux, questionava sobre a possibilidade de alguém convencer o presidente Jair Bolsonaro, já em seu quarto ano de mandato, a maneirar seu comportamento, encerrando os ataques ao STF e os xingamentos aos ministros.

A resposta mais direta e definitiva foi do senador Marcelo de Castro. Médico psiquiatra, com especialização em psicopatologia: “Fux, esquece. Bolsonaro é condutopata, tem ideias fixos. Ele sempre foi assim. Não muda, não vai mudar” E continuou: “A vida das pessoas normais é um biorritmo, com altos e baixos. Bolsonaro não vai mudar, sua vida é uma linha reta constante. E, repetiu silabando CON-DU-TO-PA-TA”.

 

Laíre Rosado

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