LAÍRE ROSADO -A Sucessão no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, as lideranças oposicionistas estão desarticuladas. Não fosse assim, já teriam um candidato a governador nas próximas eleições. Não se pode afirmar que estejam com medo de enfrentar a governadora Fátima Bezerra que, embora mantenha a primeira colocação nas pesquisas, as intenções de votos patinam entre 32% e 34%. Quando a campanha propriamente dita iniciar, certamente, esses números crescerão mais.

Por outro lado, houve antecipação de nomes que pretendem concorrer ao Senado. É um mandato político mais atraente, sem a preocupação de administrar uma máquina estadual que se encontra emperrada, que tem como meta principal administrar a folha de pagamento dos funcionários estaduais.

Como exemplo prático, os dois últimos governadores, Rosalba Ciarlini e Robinson Faria não conseguiram estabelecer a liderança política que costuma acontecer a quem ocupa o cargo de governador de estado. Diante desse quadro, deve-se perguntar se o Rio Grande do Norte tem jeito.

É claro que o estado tem condições de viabilidade. As potencialidades são inúmeras. Há cerca de cinquenta anos, Cortez Pereira foi governador e iniciou a administração apresentando planos arrojados para dinamização da economia estadual, como projetos agroindustriais na Chapada do Apodi e da Vila Serra do Mel – hoje transformada em município. O Projeto Bicho-da-Seda, o Camarão em Cativeiro, a Piscicultura, a Plantação Experimental de Café na serra de Martins, o Boqueirão, para expansão da plantação de coqueiros, milho, feijão e mandioca e a Fábrica de Barrilha, em Macau, entre outros. As administrações que lhe sucederam optaram pela interrupção desses projetos.

Os desafios de hoje são diferentes dos que existiam nessa época. O futuro governador precisa compreender bem a missão que terá de cumprir, apresentando projetos arrojados que permitam realizar um governo que não se restrinja ao pagamento da folha do funcionalismo. Soltar as amarras que impedem a transformação do Estado Potiguar não é uma tarefa fácil nem pode ser realizada por apenas uma pessoa. A pergunta é se a governadora Fátima Bezerra, em um segundo mandato, terá mais condições de realizar uma administração nesse rumo ou se surgirá um candidato comprometido com uma proposta mais ambiciosa que seja capaz de sensibilizar o eleitor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário