LAÍRE ROSADO: A QUESTÃO DAS PESQUISAS

Apenas cinco dias nos separam do pleito eleitoral de 2022. É possível que o resultado seja decidido no primeiro turno, mas nada assegura que isso esteja definido. Os eleitores de Lula querem que isso aconteça, os bolsonaristas torcem para que a decisão fique para o segundo turno, quando as chances do candidato poderiam melhorar.

Pelas últimas pesquisas divulgadas, Lula, que sempre esteve à frente dos demais candidatos, tem mostrado um crescimento pequeno, porém constante. Vem registrando uma curva ascendente, enquanto o presidente Bolsonaro permanece estacionado no patamar inicial. Mesmo assim, mantém o seu discurso. Não muda o tom de campanha.

Há quem não acredite no resultado de pesquisas pré-eleitorais. Afinal de contas, resultados divulgados em eleições anteriores não corresponderam com a decisão final dos eleitores. Essa é uma realidade mundial, não apenas no Brasil. Essa dúvida é sempre maior para os que apresentam resultados menos satisfatórios.

Supondo que as pesquisas atuais sejam confirmadas, com 52% dos votos válidos no Ipec, ou entre 50% e 54% no intervalo da margem de erro, o suficiente para fechar a eleição no primeiro turno, somente uma hecatombe seria capaz de alterar essa realidade.

Na reta final, Lula cresceu entre mulheres, católicos, quem ganha até dois salários mínimos, os que têm até o ensino médio e no Sudeste, fundamentais na eleição, enquanto Bolsonaro só teve seu pico de intenções de voto num único segmento: o dos evangélicos – 50%.

Lula continuas procurando atrair novos segmentos, pregando o voto útil. Como exemplo recente da busca do voto útil, Caetano Veloso, eleitor de Ciro Gomes, anunciou sua mudança para o voto em Lula. Bolsonaro, ao contrário, mantém o seu discurso que agrada os seus seguidores mais fiéis, mas incapaz de ampliar votos para sua candidatura à reeleição.

Lula, está acreditando nas pesquisas. Bolsonaro, insiste que será reeleito logo no primeiro turno. Está bem perto do eleitor saber quem será o futuro presidente do país.

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