LAÍRE ROSADO: Novo Juiz no Processo contra Sérgio Moro

O presidente Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018, por ordem de prisão expedido pelo então juiz federal no Paraná, Sérgio Moro. Condenado a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a sentença de Moro foi confirmada em 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal 4, órgão de segunda instância.

Lula foi solto 580 dias depois de sua prisão, após o Supremo Tribunal Federal ter decidido, por 6 votos a 5, que um condenado só pode ser preso após o trânsito em julgado, alterando a jurisprudência que, vinha permitindo a prisão logo após a condenação em segunda instância.

Com a prisão de Lula, Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República e seus algozes, Sérgio Moro nomeado ministro da Justiça e, depois, eleito senador pelo Paraná, a esposa deputada federal por São Paulo e o ex-procurador do processo, Deltan Dallagnol deputado federal pelo Paraná.

Readquirindo os direitos políticos, Lula é eleito, pela terceira vez, presidente da República, derrotando seu principal adversário, Jair Messias Bolsonaro, que não conseguiu reeleição. Deltan Dallagnol teve seu mandato de deputado federal cassado pelo TSE e Sérgio Moro está sendo julgado pelo TER do Paraná, com possibilidade de perder o mandato para o qual foi eleito nas eleições de 2022.

No julgamento do processo contra Sérgio Moro, haverá a nomeação de um juiz para a vaga aberta no TRE/PR e que, por ironia do destino, será indicação do presidente Lula. Contudo, essa escolha terá de ser feita entre três candidatos que compõem uma lista tríplice, validada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Os três candidatos, aparentemente, são ligados ao ex-juiz Sérgio Moro. José Rodrigo Sade, foi advogado do ex-deputado Deltan Dallagnol, cassado em 2023.

Roberto Aurichio Júnior, nas eleições de 2022, determinou que sites de viés à esquerda divulgassem um direito de resposta a Deltan Dallagnol.

Graciane Aparecida do Valle Lemos, durante o governo Bolsonaro integrou o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

Moro é alvo de duas ações que o acusam de abuso de poder econômico, em processos movidos pelo PL e pela federação formada por PT, PV e PcdoB. Deve estar torcendo para que quem quer que seja escolhido para compor o TRF4 não mude de opinião, aliviando a perspectiva de cassação de seu mandato de senador que, parece, está próximo a acontecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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