LAÍRE ROSADO :

 

Quem tem menos de 40 anos é possível que nunca tenha escutado falar em “Abreugrafia”. Quando fui aprovado no exame de admissão ao ginásio, em 1957, esse era um dos exames obrigatórios para poder ser matriculado no primeiro ano ginasial.

Além da exigência escolar, a apresentação desse exame era obrigatório para o trabalhador brasileiro, visando a detecção da tuberculose em indivíduos aparentemente sadios, já que a doença é assintomática, em sua fase inicial. Com o progresso da medicina, a exigência a abreugrafia foi abolida para todos os fins, na década de 1970.

No Brasil, existe um Calendário Nacional de Vacinações, que foi instituído através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. A ideia é manter um leque de vacinas anualmente para proteger pessoas de todas as idades. São ofertados gratuitamente mais de 40 diferentes imunobiológicos para a população.

 

No dia 9 de junho, é comemorado o Dia Nacional da Imunização. Este dia foi criado no Brasil para chamar atenção da sociedade para a importância da vacinação. Esta é uma eficaz maneira de combater doenças que acometem diversos públicos, como caxumba, tétano, sarampo, gripe, entre outras.

BCG, Poliomielite, Tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e meningite, Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), Hepatite B, Febre Amarela, Influenza, Pneumococo, todas são aplicadas gratuitamente pelo governo federal e distribuídas nos centros de saúdes estaduais e municipais.

A reação de alguns brasileiros em relação à vacina contra covid 19 não é um fato inédito no país. Em meados de 1904, com 1.800 internações devido à varíola no Hospital São Sebastião. as camadas populares rejeitavam a vacina. No Rio de Janeiro, aconteceu a Revolta da Vacina chegando a ser criada a Liga Contra a Vacinação. Houve até uma rebelião militar, com cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha enfrentando tropas governamentais. O conflito terminou com a fuga dos combatentes de ambas as partes.

Com a vacina anti-covid 19 a reação não é tão grave, mas prejudica a campanha de controle da pandemia. O prejuízo é maior por ser comandada pelo próprio Governo Federal, tendo a frente o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. No momento em que se faz necessário o retorno das crianças às salas de aula, a posição oficial dificulta a vacinação que é um dever dos pais, mas, também, um direito das crianças.

As crianças não podem estar fora da escola por conta de um capricho de poucos, pois é devastador a falta que a escola lhes faz. É preciso entender que a vacinação é segura, eficaz, protege e é importante para a saída do ciclo infeccioso do terrível vírus  da covid-19.

 

 

 

 

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