Jornalista lançará biografia de autoajuda com renda revertida para tratamento de pacientes com câncer
A pergunta raramente surge sem vir acompanhada do natural temor gerado pela confirmação de novos casos da terrível doença.
Foi pensando em ajudar pessoas que vivem este drama que o jornalista Márcio Costa resolveu executar um projeto, engavetado há cinco anos, que tem como objetivo ajudar pessoas que se deparam com a doença e encontram dificuldades para enfrentar o desafio de encarar o tratamento e manter a fé em busca da cura.
“Antes de se deparar com o pesadelo de um caso de câncer o preconceito dá a tônica do que sabemos sobre a doença. Saber como agir é condição que pode ser determinante na busca pela força necessária para enfrentar o desafio, seja como paciente ou como pessoa próxima”, destaca o jornalista Márcio Costa.
Editor-geral do jornal O Mossoroense, Márcio Costa trabalha na produção do livro “O gosto amargo de uma doce despedida – A história da mulher que virou esperança”.
O livro conta a história da mãe do jornalista, “Dona Graça”, uma mulher que viveu intensamente por quase seis anos após ter recebido o diagnóstico de que teria pouco mais de seis meses pela frente, com exemplos de que a fé pode transformar o pesadelo da doença em estímulo para o surgimento de uma nova vida.
“A doença revolucionou nossas vidas. Minha mãe, que antes do diagnóstico vivia sem qualquer estímulo, renasceu, e após superar o tratamento passou a viver de forma intensa, deixando um legado que precisa ser conhecido por pessoas que passam pelo mesmo problema e não acreditam que possam voltar a ter uma vida normal”, destaca.
A ideia da produção do livro surgiu de um pedido feito dias antes da partida de Dona Graça em maio de 2010.
“No último aniversário da minha mãe ela me fez um pedido que até então não sabia como atender. Ao relatar o apoio que tinha recebido de toda a equipe liderada pelo médico Cure Medeiros, ela disse – Nunca deixe de ajudar estas pessoas. Busque uma forma de ajudar pessoas que como eu receberam apoio no momento certo”, destaca o jornalista que vai além.
“Como jornalista, acho que não há ajuda maior do que transformar a história dela em combustível para que outras pessoas possam ter o apoio que precisam para lutar pela vida”, conclui.
Agrônomo, professor, político, escritor, um homem multifacetário que deixou importante legado no plano cultural e educacional no município. Assim seria um resumo simplório da vida de Vingt-un Rosado, o último dos filhos do farmacêutico Jerônimo Rosado que veio a falecer. Amanhã, o “feiticeiro das letras”, como era conhecido, completa 10 anos de sua partida.
Um homem simples que pedia dinheiro emprestado para editar livros destinados à doação. Um bravo, inteligente, perspicaz, que deixou um legado de conquistas para o povo mossoroense como a fundação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam) – hoje, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).
Vingt-un Rosado também teve forte participação no movimento de efetivação de bibliotecas pública, da instalação do Museu Municipal e na criação do curso de Antropologia Cultural. Todavia, sua maior contribuição para a cultura local foi a Coleção Mossoroense, que é ligada a Fundação Vingt-um Rosado.
Sua paixão pelas letras começo cedo, aos 20 anos, quando ele escreveu sua primeira obra intitulada “Mossoró”, que conta a história do município. Porém, apesar do amor declarado pelos livros, Vingt-um Rosado decidiu estudar agronomia, em Lavras, Minas Gerais. Foi em terras mineiras que ele conheceu sua esposa, a socióloga América.
Na política, Vingt-un teve pouca participação. Foi vereador em 1972 e candidato a prefeito em 1968. Neste pleito ele foi derrotado por Antônio Rodrigues de Carvalho por 98 votos de diferença.
Ele influenciou nos primeiros estudos sobre a existência de petróleo na região e durante as comemorações dos 25 anos de instalação da Petrobrás na baca potiguar foi o único homenageado pela estatal que não fazia parte do seu quadro de funcionários.
Em 1948, criou a Coleção Mossoroense, editora que publicou mais de quatro mil títulos de diferentes autores, tornando-se recordista de títulos publicados no país. Em 2003, a Coleção chegou a editar mais de quatrocentas obras em um ano.
Projeto receberá apoio de empresários que já conviveram com a doença
A ideia inicial do projeto de lançamento do livro “O gosto amargo de uma doce despedida” consiste na disponibilização de pelo menos 1.000 exemplares que terão renda revertida para o tratamento de pacientes com câncer na região de Mossoró.
“Nada pagará o que foi feito pela minha mãe, mas levantar esta renda ajudará o Centro de Oncologia a dar a apoio a pessoas que como ela precisam de cuidados especiais que tem um custo elevado, muitas vezes sem o devido custeio por parte dos governos”, relata o jornalista.
Para custear o projeto, o jornalista recorrerá a um programa de Financiamento Coletivo numa ação integrada com a participação de empresários que tenham vivido casos de doença com familiares.
“Quem já se deparou com o drama de perder um familiar para esta doença n?o pode se negar a ajudar quem precisa de uma luz no fim do túnel. Vamos iniciar a campanha com a certeza de que será um sucesso”, conclui.
O projeto de produção do livro deverá ser concluído no primeiro trimestre de 2016.