Irmãos são levados de assentamento em Mossoró e assassinados no estado do Ceará

Na madrugada da segunda-feira, homens armados de revólveres, encapuzados e em um veículo invadiram uma residência no Assentamento Oziel Alves, às margens da BR-304, próximo à Maisa, zona rural de Mossoró, e levaram à força dois irmãos na presença dos pais. Renê Gomes de Oliveira, 19, e o seu irmão Raílson Gomes de Oliveira, 18, foram executados a tiros de escopeta calibre 12, pouco tempo depois e seus corpos serem encontrados em uma estrada carroçável, na zona rural de Aracati (CE).

Segundo informações repassadas pela família, por volta da 1h30, os criminosos chegaram à residência das vítimas, quebraram a porta da frente e entraram na casa, rendendo toda a família. Os dois irmãos foram obrigados a entrar no porta-malas do veículo e não mais foram vistos com vida.

“No momento em que os rapazes foram levados de casa, os bandidos disseram ao pai e a mãe deles que iriam matá-los em outro lugar. Eles disseram que queriam os três filhos do casal, porém no momento só dois estavam em casa”, relatou um vizinho que, por medo, não quis ser identificado.

Ainda conforme as informações, já era manhã, quando moradores da comunidade de Cacimba Funda, zona rural de Aracati (CE), encontraram os corpos na Estrada do Gás, próximo à BR-304. A polícia cearense informou que os dois irmãos foram atingidos com vários tiros de 12 na cabeça.

Os corpos foram necropsiados pela equipe do Instituto Médico Legal (IML) de Fortaleza. A família não informou se os dois rapazes teriam envolvimento com coisas erradas ou se estavam recebendo ameaças de morte.

Investigações
O assassinato dos dois irmãos será investigado inicialmente pela Polícia Civil cearense, conforme a equipe de investigação da Delegacia Especializada em Homicídios de Mossoró.

“Como as mortes ocorreram em território cearense ou pelo menos os corpos foram encontrados lá, quem terá a missão de inicialmente começar as investigações será a Polícia Civil daquele Estado. Após o decorrer do inquérito, se ficar comprovado que os crimes foram gerados em Mossoró, então o caso passa para a Dehom”, explicou o agente Aílson, chefe de investigação da Dehom.