Instituições e órgãos atuam para garantia de alimentação para famílias Warao

Abrigados em um prédio no bairro Santo Antônio, eles enfrentam dificuldades, principalmente em relação à falta de alimentação

As famílias de indígenas venezuelanos da etnia Warao que vivem em Mossoró passarão a ter direito a usar o Restaurante Popular, com duas refeições ao dia, sem necessidade de pagamento.

A ação de cidadania foi articulada pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) e o Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados, Apátridas e Migrantes (Ceram/RN) junto à Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas/RN).

Em Mossoró, 84 indígenas Warao vivem como refugiados. Abrigados em um prédio cedido pela Irmã Ellen Scherzinger, no bairro Santo Antônio, eles enfrentam dificuldades, principalmente em relação à falta de alimentação. Com o direito ao uso do Restaurante Popular, crianças, jovens e adultos poderão almoçar e jantar todos os dias.

A professora Eliane Anselmo, pró-reitora adjunta de Extensão da Uern, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/Uern) e do Grupo de Estudos Culturais da Uern (Gruesc/Uern), que acompanha as famílias Warao desde a chegada deles a Mossoró, atuou na articulação para que a alimentação das famílias fosse garantida no estabelecimento.

“Recentemente o número de indígenas Warao dobrou do final do ano passado para cá. A situação é de extrema vulnerabilidade. Não estamos medindo esforços para ajudar essas pessoas. Pedimos mais uma vez a sensibilidade da população local também quanto à presença deles entre nós”, comentou a professora.

A Uern está trabalhando na construção de um programa de ações voltadas ao apoio e maior suporte às famílias Warao, em Mossoró, abrangendo áreas diversas.

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