“Pelo menos oito aldeias foram evacuadas e estamos fazendo todo o possível para garantir que as vidas das pessoas não estejam em perigo”, disse Christos Metios, governador da Macedônia Oriental e da Trácia, ao Athens News.

As autoridades pediram aos moradores da cidade portuária de Alexandroupolis que fiquem em casa. “Temos uma noite difícil pela frente e rajadas de vento de 7-8 na escala de Beaufort”, que vai dos 0 aos 12, argumentou um porta-voz dos bombeiros ao canal Skai TV.

O incêndio está perto das aldeias de Agnantia e Anthia e está se movendo para o norte em direção ao aeroporto de Alexandroupolis, segundo os bombeiros.

As autoridades aeroportuárias estão em alerta devido à fumaça espessa que causa problemas de visibilidade, segundo a mesma fonte.

Apoio da guarda costeira

Três embarcações da guarda costeira auxiliadas por embarcações particulares também estão em alerta no porto de Alexandroupolis, segundo as autoridades. E três navios adicionais da guarda costeira estão indo para a área, disseram eles.

Um total de 31 viaturas de bombeiros, nove brigadas dos bombeiros, 14 aviões e 4 helicópteros, apoiados no terreno por voluntários, combatem o incêndio nesta zona, segundo as autoridades.

Na Grécia, em meio a uma onda de calor, um incêndio, iniciado em 18 de julho e alimentado por fortes ventos, devastou em dez dias quase 17.770 hectares no sul de Rodes, uma ilha muito turística no Mar Egeu (sudeste).

Cerca de 20 mil pessoas, a maioria turistas, tiveram que ser retiradas. O país experimentou no fim do mês passado a maior onda de calor para um mês de julho, com temperaturas superiores a 40°C em muitos lugares, segundo o Observatório Nacional de Atenas.

Vários incêndios eclodiram, em particular em outra ilha muito turística, Corfu (noroeste), de onde cerca de 2.500 pessoas tiveram que ser realocadas.

Nas Ilhas Canárias: 26 mil

Enquanto isso, em Tenerife, ilha turística do arquipélago espanhol das Canária, ventos fortes durante a noite ajudaram a propagar o incêndio fora de controle que forçou mais moradores a fugirem de suas casas no setor norte desta turística ilha, indicaram as autoridades espanholas neste sábado.

Cerca de 26 mil pessoas no total tiveram que deixar suas casas, segundo uma contagem feita neste sábado pelos serviços de emergência.

Este é o “incêndio mais complexo” a afetar o arquipélago das Canárias, localizado no Oceano Atlântico, nos últimos 40 anos, segundo as autoridades. O incêndio de grandes proporções foi declarado na noite de terça-feira em uma zona montanhosa ao nordeste da ilha.

(Com AFP)