“Houve negligência”, admite secretário sobre fuga da Rogério Coutinho Madruga

O secretário da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap/RN), Helton Edi, admitiu haver muitos indícios de negligência que podem ter contribuído para facilitar a fuga dos detentos Ricardo Campelo da Silva e Gustavo da Rocha Dias da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, na Grande Natal, ocorrida no dia 30 de abril.

A partir de análises de imagens registradas por câmeras de monitoramento, internas e externas à unidade prisional, Helton Edi afirmou que já é possível concluir que houve uma negligência, mas o chefe da Seap não descartou a possibilidade de uma ação dolosa, ou seja, uma ação deliberada com intenção de ajudar na fuga dos apenados. “Houve negligência, no mínimo. A gente não sabe se houve (apenas) negligência, se houve dolo. Isso tudo está sendo apurado ainda”, disse ele.

A declaração foi dada em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, na Secretaria de Segurança Pública, na Governadoria do Estado, em Natal, convocada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) para tratar da apuração preliminar sobre a fuga e as providências a serem adotadas pelas autoridades.

 

Na ocasião, foram exibidos os vídeos de câmeras que registraram toda a movimentação dos detentos saindo da Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, sem qualquer resistência.

 

Antes da fuga, os prisioneiros estavam na chamada “oficina dos trabalhadores”, um tipo de cela onde os apenados ficam no horário do almoço. De acordo com o secretário, eles escaparam da unidade por volta das 12 horas, durante o almoço. As imagens apontam que os dois fugitivos não tiveram dificuldade para abrir a porta dessa cela, cuja porta deveria estar trancada.

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