Francesa faz história ao se tornar 1ª mulher a apitar jogo em uma Copa e brasileira participa do trio de arbitragem

A francesa Stéphanie Frappart se tornará a primeira mulher a oficiar uma partida da Copa do Mundo masculina quando ela apitar o jogo decisivo do Grupo E entre Alemanha e Costa Rica nesta quinta-feira (1°) no Estádio al-Bayt em Al Khor, no Catar, anunciou a Fifa nesta terça-feira (29). A seu lado estará a árbitra-assistente brasileira Neuza Back, que atuará como bandeirinha nessa partida histórica.

Stéphanie Frappart está um pouco acostumada a ser a primeira em tudo: a primeira árbitra principal da segunda divisão da França (2014); a primeira árbitra mulher da primeira divisão masculina (2019); a primeira árbitra mulher da Supercopa Europeia em agosto de 2019; a primeira árbitra da Liga dos Campeões em dezembro de 2020, a primeira árbitra de um campeonbato europeu em 2021… E agora a Copa do Mundo no Catar.

Uma Copa do Mundo é o máximo, a maior competição do mundo“, admitiu no final de setembro em uma coletiva de imprensa em Clairefontaine, após sua nomeação para a viagem ao emirado árabe, local onde, no entanto, as mulheres ainda são obrigadas a pedirem permissão a seus maridos para frequentarem estádios.

Ao invés de uma conquista pessoal, ela preferiu ver sua nomeação como “o reconhecimento da arbitragem francesa”. Clément Turpin, o outro árbitro francês em Doha para apitar nesta primeira rodada da Copa do Mundo, elogia sua experiência. “Ela já participou de dezenas de competições internacionais. Ela sabe perfeitamente bem como administrar um evento intercontinental”, declarou.

Antes de chegar ao topo, Stéphanie Frappart, de 38 anos, passou por todas as etapas com perfeita regularidade, tendo começado na arbitragem em 1996. “No início foi uma paixão. Eu não tinha a intenção de participar da primeira divisão ou de qualquer outra competição”, explica.

Árbitra desde os 13 anos de idade

Ex-jogadora da AS Herblay na região de Paris, ela é árbitra desde os 13 anos de idade. Frappart jogou na segunda divisão francesa durante cinco temporadas antes de ser promovida à primeira divisão na metade de 2019, algo que nenhum outro árbitro sênior havia conseguido fazer até então. Frappart rapidamente ganhou elogios unânimes dos envolvidos no futebol, tanto em campo quanto no banco.

“Ela tem muita diplomacia”, disse Christophe Galtier em 2019, quando era treinador do time de Lille. “Basta que ela dê um olhar, um sorriso, um gesto… e tudo pára”. “Ela tem uma voz pequena mas tem carisma, personalidade”, descreveu o meio-campista Pierre Bouby, que trabalhou com ela na segunda divisão. “Ela usa as palavras certas, ela explica, ela é diplomática e você pode falar com ela”, afirmou o jogador do Orléans.

A carreira de Stéphanie Frappart decolou desde então, ampliando-se da França para a Europa. Na partida Juventus Turim-Dynamo Kiev (3-0), em dezembro de 2020, ela se tornou a primeira mulher a o

vficiar como árbitro principal em uma partida da Liga dos Campeões, e seu desempenho naquela noite, muito controlado, foi aplaudido pela imprensa internacional.

Deixe um comentário