Fisiculturismo é esporte? Entenda mais sobre essa modalidade

Praticada desde a Grécia Antiga, a modalidade levanta debates até hoje se é somente um hobby ou se tem status de esporte

 

Em todo começo de ano, o movimento de pessoas que procuram fazer atividades físicas aumenta bastante. O desejo de colocar a saúde em dia e procurar ter mais qualidade de vida são algumas das metas que norteiam essa mobilização, que geralmente tem as academias como alvo.

 

Sendo o país com o segundo maior número de academias no mundo, segundo relatório divulgado pela IHRSA Global Report, e devido à grande influência que os treinos de hipertrofia exercem sobre o imaginário popular – por conta dos ganhos musculares exibidos por influencers e na mídia como um todo –, a musculação segue ganhando cada vez mais adeptos.

 

E não é incomum que as pessoas se apaixonem pela atividade: a liberação de endorfina proporcionada pelos treinos e os resultados estéticos obtidos realmente fazem bem para a autoestima. Em consequência natural a isso e com o aumento da popularidade deste estilo de vida, devido a vídeos de influencers como nutricionista e fisioculturista Rodrigo Góes, por exemplo, a modalidade  tem cativado cada vez mais praticantes.

 

Com mais de 20 mil adeptos no Brasil, o fisiculturismo obteve um salto de popularidade que o elevou a ser a segunda maior potência no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. O bodybuilding, como também é conhecido, viu nomes como Felipe Franco e Ramon Dino ganharam grande projeção após disputarem campeonatos famosos, como o Mr. Olympia. Dino foi inclusive vice-campeão da última edição.

 

No entanto, mesmo com competições oficiais sendo disputadas, muito se pergunta se o fisiculturismo é de fato um esporte. Para muitos, o fato de levantar pesos não o coloca na mesma prateleira de práticas consagradas como atletismo ou mesmo esportes com bola, como basquete ou futebol, e se assemelha mais a um concurso de beleza.

 

Para outras pessoas, o fato de haver a necessidade de uma dedicação extrema à prática, isto é, dietas e treinos extremamente regrados, o coloca no mesmo patamar de outros esportes. Mas, mesmo entre personalidades famosas do bodybuilding, não há um consenso sobre se é esporte ou não, ainda que tenha o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional.

 

Essas polêmicas orbitam o fisiculturismo há tempos, e a resposta deve ser buscada na definição do termo esporte, isto é, o que se entende como prática esportiva. Embora conhecido e praticado desde a Grécia Antiga e popularizado por Arnold Schwarzenegger, por exemplo, o fisiculturismo ainda não figura entre os esportes olímpicos, embora já tenha aparecido em competições internacionais, como os Jogos Pan-Americanos.

 

Se levar em conta que há competição e que para ganhar são necessários dedicação e habilidade humana, e não sorte, então, sim, o fisiculturismo é um esporte. Porém o uso de anabolizantes para ganhos maiores ainda é uma grande barreira para a elevação do status do esporte para novos níveis. Esporte deve ser, antes de tudo, sinônimo de saúde. E o uso dessas drogas tem levado muitos atletas até mesmo à morte.

 

Por isso, quem deseja ser um fisiculturista deve se ater à prática saudável, com dietas e treinos bem regrados. A suplementação é, contudo, bem-vinda, desde que com produtos como creatina, hipercalóricos, whey protein e vitaminas. Além disso, o acompanhamento médico e de um nutricionista é muito importante tanto para chegar aos resultados como para ter uma prática mais saudável em longo prazo.

Agência Conversion

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