Exatus entra com ação judicial contra Nelter Queiroz por calúnia e difamação

O Instituto Exatus entrou com uma interpelação judicial com pedido de explicações em juízo contra o deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB), que, em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado (ALRN) no dia 30 de abril, acusou o Exatus de cometer fraude eleitoral em pesquisa feita no município de Assu, no Oeste do RN. A empresa alegou que o parlamentar, que não apresentou provas da suposta fraude, cometeu os crimes de calúnia e difamação, uma vez que esta nunca foi condenada judicialmente por fraude eleitoral.

Para o Exatus, as declarações do deputado visam somente prejudicar a reputação do Exatus por motivos pessoais, já que passou a divulgar vídeos e postagens em suas redes sociais e falar na ALRN que o Instituto havia cometido fraude e crime reconhecido pela Justiça Eleitoral, em decorrência de suposta pesquisa fraudulenta. As acusações sem provas também foram replicadas por seus aliados políticos em blogs e listas de transmissão no WhatsApp.

Justiça Eleitoral, pois, em sua fala, Nelter afirmou que a pesquisa em questão foi distorcida e que houve reconhecimento de fraude pela Justiça Eleitoral. Assim, pede o Instituto que o parlamentar esclareça em qual processo eleitoral específico a Justiça Eleitoral reconheceu essa fraude.

Nelter Queiroz também alegou que o Instituto Exatus cometeu um crime, então, neste caso, para respaldar suas afirmações, o deputado precisa apresentar provas de que as pesquisas eleitorais em questão eram fraudulentas ou criminosas. Ele também mencionou que a pesquisa realizada em Assu, em abril passado, foi considerada irregular pela Justiça Eleitoral, o que faz com que o Instituto queira saber se essa afirmação é verdadeira e, caso seja, em qual processo eleitoral isso foi reconhecido?

 

Para finalizar, o deputado atribuiu um crime ao Instituto Exatus e, neste caso, a empresa pede que Nelter Queiroz explique qual crime foi mencionado e quais são os fatos que o caracterizam; bem como ele se explique ainda sobre sua fala referente à suposição de que as pesquisas foram desvirtuadas intencionalmente, o que faz com que o Instituto Exatus busque entender como o deputado pode provar essa alegação.

Acusações do parlamentar contra o instituto

Em seu pronunciamento na ALRN, logo após a divulgação da pesquisa eleitoral em Assu, onde sua aliada política, Vanessa Lopes (União Brasil) surgiu em 2º lugar, Nelter Queiroz acusou o Exatus. “Crime eleitoral. Absurdo. Pode estar manipulando o resultado eleitoral em Assu mais uma vez”, disparou, citando ainda a eleição de 2020 como exemplo, quando pesquisa da Exatus indicava diferença significativa de votos entre Gustavo Soares (PL) e Ivan Júnior (União Brasil), que não se refletiu nos resultados finais.

 

Sem provas, o deputado afirmou que o Exatus enfrentou diversos processos junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RN) e mencionou a recente pesquisa em Assu, que aponta vantagem expressiva de Luiz Soares (Republicanos) em relação a Vanessa e Fabielle Bezerra (PP). “Esse resultado levanta preocupações, pois há quatro anos, o resultado foi outro”, ressaltou.

Por fim, Nelter Queiroz disse que encaminharia ao Ministério Público Eleitoral (MPRN) uma solicitação para que sejam tomadas providências rigorosas contra o Instituto Exatus e outros institutos de pesquisa que estejam agindo de maneira questionável. “É um absurdo o que está acontecendo, um crime eleitoral. Em nome do povo do Assu e do RN, trago ao plenário esse comparativo absurdo”, disse, na ocasião.

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