Escola estadual adota atividades não presenciais dando continuidade aos estudos

A aprendizagem em tempos de pandemia requer inovação e o uso de todas as ferramentas disponíveis para que os estudantes possam dar continuidade aos estudos.  Com a suspensão das atividades presenciais nas unidades de ensino, medida de prevenção adotada pelo Governo do RN, os professores da Escola Estadual Pedro II, localizada em Lajes, pertencente a 8ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (Angicos), adotaram uma metodologia de ensino que mescla ambientes virtuais e materiais didáticos entregues nas residências dos alunos.

Envolvendo professores, gestão, equipe pedagógica, pais e alunos, a metodologia trata-se da realização de atividades contextualizadas sobre as implicações que o coronavírus traz nas áreas da saúde, educação e economia. Segundo a coordenadora pedagógica da escola, Irene Martins, os professores trabalham por meio de salas de aula virtuais, como a plataforma Classroom, da Google, além de grupos de WhatsApp, pelos quais os conteúdos e atividades são lançados, bem como plantões de orientação.

Ela também enfatiza a importância de alcançar os alunos que residem na zona rural de Angicos, sobretudo porque muitos destes não possuem acesso à internet para realização das atividades. “Aos que não têm acesso à internet fazemos a impressão das atividades com um guia de orientação explicativo para o aluno conseguir fazer sozinho, e vamos à zona rural entregar as atividades impressas, tomando sempre todos os cuidados e medidas de prevenção”, aponta a coordenadora.

Ao todo, funcionam 13 turmas na escola com 385 alunos e ofertam o ensino médio regular e ensino técnico integrado, distribuídos nos três turnos. Para os alunos que residem no ambiente urbano, mas que não contam com internet em casa, os professores agendam um horário, a fim de que os pais possam pegar o kit de atividades impressas.

“Seguimos uma agenda. Na segunda, por exemplo, os professores da área de Linguagem postam as atividades e ficam no plantão, para tirar dúvidas com os alunos. Na terça os estudantes respondem e retornam as atividades para os professores. Na quarta é a vez das áreas das Ciências Humanas e Naturais, seguindo a mesma sequência. Por último, na quinta-feira, os alunos respondem, e na sexta retornam os conteúdos aos professores”, explica a coordenadora.

A iniciativa, que ao ser iniciada contava com a adesão de 70% do corpo docente, hoje envolver todos os professores da unidade de ensino, e contempla 100% dos estudantes, segundo aponta a diretora da escola, Ceiça Varela. “O trabalho que a coordenação pedagógica está desenvolvendo com os professores é de grande potencial. No meu ponto de vista, a coordenação pedagógica é o coração da escola e eu, enquanto gestora, sempre vou apoiar e participar das iniciativas em prol dos nossos discentes. Foi gratificante para nós irmos ontem a zona rural entregar as atividades remotas para eles”, avalia.

Planejamento Curricular

A forma híbrida escolhida pela escola Pedro II é apenas uma das diversas iniciativas que escolas da rede estadual de ensino estão tomando para dar continuidade à aprendizagem. A metodologia une ferramentas digitais com atividades impressas e tem sua aplicação orientada pelo documento Normas para Reorganização do Planejamento Curricular, elaborado pela Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer que, de maneira propositiva, guia as escolas na elaboração de planos de atividades não-presenciais.

As atividades remotas não são obrigatórias, mas foram disponibilizadas como forma de manter, minimamente, o vínculo e a interação professor-aluno e respeitam as condições de diversidade das escolas, dos docentes e de seus estudantes. “As Normas publicadas pela SEEC têm a finalidade de reorganizar e sistematizar o Calendário Escolar 2020 e orientar o desenvolvimento curricular a partir de atividades não-presenciais nos espaços escolares e não escolares, em regime excepcional e transitório, durante o período de isolamento social motivado pela pandemia”, explica a secretária adjunta de Educação do RN, Márcia Gurgel. O documento está disponível no portal da SEEC.

 

Assecom

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