Discussão sobre regulamentação dos cigarros eletrônicos avança no Brasil

Em países onde a regulamentação dos cigarros eletrônicos já é uma realidade, a venda e o consumo desses dispositivos são monitorados pelos governos. Em mais de 80 nações, a regulamentação vem permitindo um maior controle e fiscalização desse comércio. Mas, nesses países onde a venda e o consumo são liberados, existem diversas regras. Em Portugal e Itália, por exemplo, estabeleceram limites de nicotina presente no líquido e tamanho do refil para recarga. Para a indústria, a regulamentação é fundamental para garantir segurança ao setor e aos consumidores, como explica Mart Foster, gerente de Serviços Científicos da BAT.

“Os desafios de não ter uma regulamentação são diferentes. Um deles é que as pessoas precisam ter à disposição essas alternativas menos arriscadas. Outra coisa é que pode haver curiosidade na população e as pessoas podem experimentar produtos ilícitos. Por não passarem por rigorosos testes e avaliação científica, eles podem ser prejudiciais porque são produtos ilícitos, produtos do mercado paralelo que não são seguros. O que buscamos é uma abordagem completa, clara e transparente para a compreensão de nossos produtos, fornecendo evidências científicas de por que, em comparação com um cigarro, eles são uma alternativa de menor risco e de por que os fumantes deveriam adotá-los se não conseguirem parar”.

O Reino Unido é considerado um modelo em termos de regulamentação. Com o lema “Trocar para Parar”, o Ministério da Saúde britânico iniciou um projeto com fornecimento de vaporizadores para auxiliar, pelo menos, um milhão de adultos a abandonar os cigarros tradicionais. Em lojas especializadas de Londres, os consumidores avaliam livremente os produtos e compram os vapes com substâncias e quantidades dentro dos limites estabelecidos pelo departamento de saúde britânico.

 

Para o fundador e CEO da Evapo, Andrej Kuttruf, “é fundamental que esses produtos passem por regras regulatórias rigorosas, sendo que cada produto – antes de chegar ao mercado – deve ser testado e, em seguida, os resultados do teste devem ser enviados para a autoridade médica do Reino Unido. A partir desse ponto é que o produto pode ser vendido legalmente nas lojas, trazendo confiança aos consumidores de que esses produtos regulamentados passaram por testes e são muito mais seguros”.

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