Diretora do Hospital Tarcísio Maia divulga nota sobre UTI

No auge da crise por conta da pandemia do novo coronavírus, as redes sociais foram invadidas com notas e desmentidos sobre quem realmente ajudou para colocar em funcionamento vinte leitos da UTI do Hospital Regional Tarcísio Maia. Uma verdadeira “feira de vaidades”.
Na tentativa de colocar um ponto final no assunto, a diretora do Hospital divulgou nota oficial que publicamos na íntegra:
Herbênia Ferreira
Diretora Geral do HRTM
Sobre essa celeuma nas redes sociais e mídia, que os leitos de UTI do HRTM só foram abertos graças a ajuda dos empresários e que o governo do RN nada fez gostaria de esclarecer os fatos!
A história dessa UTI remonta desde a antiga gestão do ex governador Robinson Farias, onde deixou a obra inacabada e que teve que ser judicializada para que a empresa responsável pela obra na gestão passada, retornasse ao hospital para fazer reparos e outras providências que havia sido negligenciadas.
A ação chegou na justiça federal onde inclusive participei pessoalmente de várias audiências em Natal.
Estávamos paulatinamente organizando a UTI para funcionar até maio desse ano. Era essa a intenção. Porém, eis que a epidemia de covid19 nos bate a porta e não havia mais tempo para organizar com calma detalhe por detalhe.
Houve uma conjunção de forças irmanadas pelo mesmo objetivo: enfrentar a pandemia que nos assola nesse momento.
Recebemos apoio de empresários, grupos ligados a igrejas dentre outros, Ministério Público e sobretudo houve sim empenho fundamental do governo do Estado do RN através da Sesap.
Uma UTI não funciona sem RH (pessoal capacitado e qualificado para atender os pctes);
Uma UTI não funciona sem leitos, sem respiradores, sem monitores, sem bomba de infusão, dentre outros equipamentos necessários, é bom deixar isso muito claro.
Empresários mossoroenses para os quais eu publiquei uma nota em agradecimento, doaram os móveis planejados de dentro da UTI, num valor total de 36.000 reais. O MPF através de um promotor fez a doação de 2 computadores e 1 impressora. Afora esses citados, recebemos doações de lençóis, EPIs, até pizzas, sanduíches e chocolates o hospital recebeu  de doações sim.
O IF de Ipanguaçu enviou frutas. Outros fizeram doações de água mineral, enfim! Foram muitos e até peço desculpas se esqueci de citar alguns.
Com a epidemia nos afetando a todos, fez com que aflorassem em muitos corações a generosidade, através de  gestos de solidariedade e desejo de ajudar de alguma forma.
Algo extremamente positivo e que fica de lição para todos nós. Muitas vezes recebi ligações de pessoas anônimas que me perguntavam, como poderiam ajudar o hospital. Queriam colaborar de alguma forma, sentiam necessidade de participar da nossa luta e pediram para não serem identificadas. Algo realmente tocante para qualquer um que está na linha de frente de qualquer batalha.
Porém, eu advirto que o momento de desprezar e menosprezar a contribuição fundamental e necessária do poder público devido questões ideológicas pessoais não cabem nessa hora.
A governadora Fátima nunca deixou de receber ligação nossa a qualquer hora do dia ou da noite. Nunca recusou-se a atender a nenhum pleito nosso em favor do hospital. Os técnicos da Sesap vinham a todo momento. O Estado  teve que adquirir um transformador porque a nossa capacidade de energia instalada no hospital, não iria suprir a demanda de equipamentos ligados 24 hs em mais 20 leitos de UTI. Tudo foi feito em tempo recorde e mais uma vez eu quero frisar o papel fundamental do governo do estado nessa hora.
O SUS não funciona apenas com doações da sociedade civil. O SUS é financiado pelo poder público! Não podemos esquecer isso!

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