Diagnósticos de câncer de colo de útero caíram no RN desde 2019

Entre 2019 e 2021, a redução foi de 16% no número de exames realizados para o diagnóstico da doença

De acordo com o Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), sistema que identifica o número de exames realizados no país relacionados à doença, identificou que o Rio Grande do Norte registrou uma queda de 16% na realização dos exames para diagnóstico do câncer de colo do útero, entre os anos de 2019 e 2021.

No entanto, a plataforma identificou que, entre 2020 e 2021, ocorreu um crescimento na procura por exames de cerca de 60%. O estudo aponta ainda que é imprescindível que essas mulheres retomem os preventivos para diminuir a prevalência de morte, que atualmente é de aproximadamente 39,5% dos casos.

O SISCAN apontou que, no Rio Grande do Norte, no ano de 2019, foram feitas 124.073 solicitações para exames para o diagnóstico de câncer de cólo de útero. Em 2020, o total foi de 64.347 exames, representando uma redução de mais de 51%, em um ano. Já os dados de 2021, apontaram que houve a procura por 104.403 exames. O número está bem abaixo do registado antes da pandemia, mas representa um aumento considerável em relação a 2020.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) informam que esse tipo de tumor é o terceiro mais incidente entre mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma e do câncer de mama.

Apesar de altamente prevenível, o enfrentamento da doença tem desafios, como a baixa taxa de vacinação contra o HPV (Vírus do Papiloma Humano), seu agente causador, e a queda nos diagnósticos devido à pandemia da Covid-19, e tem preocupado especialistas quanto ao aumento nos óbitos.

O Inca estima que, anualmente, sejam diagnosticados 16.710 novos casos de câncer de colo do útero, com uma prevalência de morte em aproximadamente 39,5% dos casos, segundo dados mais atuais, de 2019.

Com isso, a doença é a segunda causa de morte por tumores na população feminina, havendo mais óbitos somente entre diagnosticadas com câncer de mama. De 2008 a 2018, a taxa de mortalidade saltou 33%, resultando em uma vítima a cada 90 minutos, segundo dados do Ministério da Saúde.

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