Crise financeira e problemas de saúde levam prefeito a renunciar cargo

O prefeito de Florânia, Júnior de Janúncio (PSD), renunciou o cargo nesta quinta-feira, 11. A Carta de Renúncia foi entregue ao presidente da Câmara Municipal de Florânia, vereador Paulo Nobre.

Como justificativa para a renúncia, Júnior de Janúncio alegou a incapacidade do município de honrar seus compromissos constitucionais devido às quedas recorrentes das receitas municipais, acompanhadas das reduções drásticas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O político também destacou que problemas de saúde também influenciaram na decisão.

“É certo que no serviço público as coisas não acontecem no ritmo que desejamos, temos que cumprir rigorosamente as leis e normas de controle que são impostas ao gestor público, muitas vezes tais regras acabam por frustrar nossas expectativas, pois deixam os processos mais lentos. Some-se a isso a grave crise pela qual passamos que acarretou na redução drástica dos repasses do FPM para os municípios”, destacou Júnior Janúncio na Carta de Renúncia.

Júnior de Janúncio destacou ainda que os problemas de saúde que vem enfrentando pesaram para a renúncia do cargo. “Ocorre que ao longo desse período alguns problemas de saúde foram se agravando, sendo inclusive necessária a intervenção médica para a realização de procedimento cardíaco, dessa forma, o cardiologista que me acompanha vem recomendando de forma incessante que eu me abstenha de situações estressantes, desgastes físicos e emocionais, pois corria o sério risco de ver os problemas de saúde serem agravados”, declarou.

O FPM, principal fonte de recurso dos municípios, somou, no acumulado de 2016, a quantia de R$ 13,319 bilhões, enquanto que no mesmo período de 2015, o acumulado ficou em R$ 14,999 bilhões. Em termos reais, o somatório dos repasses é 12,32% menor do que o mesmo período do ano anterior.

Além do FPM, as cidades sofrem com perdas e problemas que acometem o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação, (Fundeb), parcelamento INSS, precatórios, atrasos nos repasses da farmácia básica e ICMS.