CRISE ÉTICA E MORAL – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
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CRISE ÉTICA E MORAL
Como surgem as crises no mundo político? Ela é fruto da falta de discernimento, padrão familiar e pior, de comportamentos reprováveis e acertos pela sociedade com normais. Por isso, temos tantas crises permanentes no país que não sabemos a qual devemos tratar primeiro.
O padrão ético estabelecido pelos primórdios é o que mantém viva a ideia de sociedade. No entanto, alguns banalizarão os valores morais de tal forma que a geração que vem subindo acredita que esses são coisa do passado e passam a desrespeitar tudo que é justo, bom e que dá estabilidade social.
O resultado da banalização dos valores morais está batendo as nossas portas todos os dias em forma de: aumento dos homicídios, proliferação de facções criminosas, abandonos dos pais na velhice, vida criminosa como expectativa, contratação de empresas fantasma, corrupção em todos os níveis e governos desonestos. Enquanto isso, a sociedade está anestesiada em narrativas e fofocas.
A nossa carta magna anuncia que o Brasil é uma república Federativa que tem seus alicerces na democracia, na política partidária, na economia, na liberdade de expressão, no livre culto. Assim como aponta para uma sociedade livre, solidária, justa, que determina a igualdade de todos perante a lei. Porém, nos extraviamos, pois a realidade é diferente da que é anunciada na carta magna. Visto que o que temos é: não há liberdade de expressão, a sociedade é formadora de graus de injustiça, as desigualdades são latentes, não há igualdade de oportunidade, o egoísmo é predominante, ausência do estado nas comunidades pobres, a educação em farrapos, a saúde entregue a própria sorte, segurança esquecida, privilégios para alguns e miséria para outros, e assim por diante.
O devido processo legal não é seguido, pois temos pessoas, cidadãos comuns, que não tiveram o direito de ser julgado pelos seus pares corretamente, ou seja, na primeira instância. E pior, foram condenados duramente por coisas que apenas gerariam uma punição simples.
O sentimento nacional é que não sabemos quem de fato é o governante da nação. Visto que não há divisão de poderes, e cada um dos poderes quer interferir no outro. O nosso povo escolhe seus representantes que não os representam. E a impressão que fica é que temos várias Constituições, a bel-prazer, e vários mandatários de momento. Em primeira vista, parece loucura, porém, para nossa tristeza, é verdade.
A sensação do povo é que a sociedade atual está em processo de desintegração pela ausência de valores morais e éticos. E como resposta a tais comportamentos, temos: escândalos, epidemias, guerras, terrorismo, fome, violência, destruição da natureza. E o pior é que perdemos a capacidade ética e moral de coexistir em harmonia e paz com os outros seres vivos.
Lamentavelmente, alguns apregoam a destruição dos costumes e dos valores éticos e morais. Todavia, estes se esquecem de que foram eles que nos trouxe até aqui como humanidade. E nos tornou diferentes dos outros seres vivos, nos classificando como racionais.
Claro que, diante das mudanças sociais e culturais, vários conceitos de valores são revistos, isso é normal. No entanto, a readequação deve ter no mínimo resguardado os valores que formaram a sociedade e mantiveram seus padrões de humanidade. Visto que os padrões como: justiça, cultura, costumes devem ter prioridade.
É primordial que, diante de tantos problemas éticos e morais enfrentados pela sociedade, precisamos reagir de forma sadia e ordeira para colocarmos nos trilhos a nação. Assim como corrigir os graves erros e frequentes desvios de condutas por parte dos que dominam o cenário político e jurídico.
Portanto, é preciso extinguir esses paradigmas que buscam destruir a ética e os bons costumes da sociedade. Assim como incentivar as modificações no caminho da valorização do ser e não do ter.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo