Coronavírus: municípios do Rio se preparam para aumento de mortes

A pandemia de coronavírus que já deixou mais de 300 mortos no Estado do Rio faz com que prefeitos comecem a se preparar para o lado mais sombrio da doença. Na capital, o prefeito Marcelo Crivella já estuda conceder autorização para que empresas explorem novos cemitérios.

No interior, autoridades buscam terrenos para enterrar as vítimas. Na Baixada Fluminense, o cemitério particular Jardim Envida Rio, em Queimados, mais do que dobrou o número de sepulturas livres nos últimos dois meses e, daqui a dez dias, terá quadruplicado a quantidade disponível antes de o Covid-19 chegar ao estado.

Esta semana, o Exército pediu a municípios do Rio e do Espírito Santo informações sobre a capacidade de realizarem sepultamentos em massa em caso de aumento exponencial no número de mortos.

— A Baixada só tem dois cemitérios privados. E os cemitérios públicos podem não ser suficientes. A Associação Brasileira do Setor Funerário nos alertou, em fevereiro, que poderá haver dificuldade de se obter vagas por conta do coronavírus — diz Adriano Castilho, dono da Jardim Envida Rio, em Queimados.

Três Rios precisa de novos terrenos

Prefeito de Três Rios, Josimar Salles (PDT) citou o questionário do Exército numa rede social para reforçar a gravidade da pandemia. Hoje, a cidade, na Região Sul Fluminense, tem três cemitérios e, segundo o prefeito, precisaria de novos terrenos caso haja um aumento considerável do número de sepultamentos nas próximas semanas. Três Rios soma, segundo números do município, 150 casos suspeitos e cinco confirmados de Covid-19.

Já Petrópolis, na Região Serrana, informou ter capacidade de realizar 3.600 enterros utilizando todos os espaços disponíveis. A cidade tem sete cemitérios: Centro, Brejal, Itaipava, Secretário, Garibu (Posse), Vale das Videiras e Quarteirão Worms. Em caso de catástrofe, a cidade planeja acionar cemitérios desativados.

Em Varre-Sai, cidade do Noroeste Fluminense do estado, onde ainda não há casos confirmados e nem suspeitos da doença, a prefeitura afirmou que“não há capacidade de sepultamentos em novos túmulos no único cemitério da cidade”. Caso haja uma crescente no número de mortos, a administração municipal avalia comprar um novo terreno.

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