Coluna de Fabrícia Marinho: O Prazer do Vinho: Nem sempre o preço define a qualidade

Em meio a rótulos deslumbrantes e preços altos, a apreciação do vinho pode parecer uma jornada intimidante. Mas a verdade é que a qualidade não se mede apenas pelo valor na etiqueta.

O mundo do vinho é repleto de surpresas, e o prazer da degustação muitas vezes reside em vinhos que não vão quebrar o seu cofrinho. Essa frase de que: vinho bom é vinho caro, está totalmente equivocada e em desuso.

Ao olhar atentamente as prateleiras de uma loja de vinhos, supermercado, ou o menu de um restaurante, é fácil cair na armadilha de associar qualidade ao preço. Eu mesma, já vi muita gente escolher o vinho levando unicamente em conta o preço. E sabe o que aconteceu? Deu errado! Muito errado!

Claro, os vinhos caros podem e são espetaculares porque envolvem uma séria de questões em sua produção, mas isso não significa que os vinhos acessíveis sejam de qualidade inferior. Há inúmeras razões pelas quais um vinho pode ser econômico e, ao mesmo tempo, delicioso.

O gosto do consumidor também tem sua parcela de responsabilidade na mudança de hábito. Estava-se bebendo vinhos muito fortes, muito intensos, e o consumidor acabou cansando. Um exemplo foi o hábito de vinhos com muito sabor de madeira, que também tende ao esgotamento. Outra forte influência no gosto do freguês é o bolso. Quanto mais leve e mais fácil de beber é o vinho, menos tempo de elaboração e menos custos ele tem, o que favorece o consumidor. Um exemplo desse comportamento é o Chile, país que consome muito mais vinhos de consumo rápido do que encorporados.

Primeiro, a região de origem desempenha um papel fundamental. Em locais onde o custo de produção é mais baixo, como algumas áreas do Chile, Argentina e Portugal, você pode encontrar vinhos excepcionais a preços razoáveis.

Além disso, pequenos produtores muitas vezes oferecem vinhos de alta qualidade sem a sobrecarga de marketing e distribuição que os grandes rótulos carregam.

Outro fator é a variedade da uva. Algumas uvas são naturalmente mais acessíveis de cultivar, colher e fermentar, resultando em vinhos mais baratos. Isso não significa que esses vinhos sejam menos saborosos; eles apenas têm uma abordagem mais descomplicada.

A idade do vinho também é uma consideração importante. Os vinhos mais jovens tendem a ser mais acessíveis, enquanto os vinhos mais antigos, os chamados vinhos de guarda têm preços mais elevados devido ao envelhecimento e armazenamento prolongado. Se você procura vinhos para consumo imediato, muitas vezes pode encontrar excelentes opções sem gastar uma fortuna.

Vinho jovens é uma bebida que passou por todos os processos de fabricação e fermentação e, em seguida, é colocado para comercialização. São bebidas de consumo rápido, para saborear no ano ou poucos anos depois da sua safra.

De maneira geral, vinhos jovens não passam por envelhecimento em barricas ou tanques e, por isso, são mais frescos e tem uma boa presença frutada. Podem ser tintos, brancos ou rosés.

Em resumo eu te digo uma coisa, não deixe que o preço do vinho seja o único critério para sua escolha. Há muitas oportunidades para desfrutar de vinhos incríveis sem estourar o orçamento. Se for para estourar, que seja a alegria do brinde. Aventure-se, experimente e descubra o mundo diversificado dos vinhos, onde a verdadeira qualidade não é definida pelo preço, mas pela sua apreciação pessoal. Brinde à diversidade e ao prazer do vinho!

Por Fabrícia Marinho

@fabriciamarinho3

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