Cientistas desenvolvem tratamento contra a síndrome de Guillain-Barre

Um grupo de pesquisadores japoneses desenvolveu um tratamento contra os casos mais graves de síndrome de Guillain-Barre, doença neurológica e autoimune que causa fraqueza muscular e paralisia de órgãos e extremidades, podendo levar à morte. Este foi o primeiro avanço em direção à cura da doença em 25 anos.

Os cientistas da Universidade de Chiba (leste de Tóquio) concluíram que o uso do remédio eculizumab, que já é usado para o tratamento de várias doenças raras, também é seguro e eficaz com a Guillain-Barre e ajuda a agilizar a recuperação dos pacientes.

A partir da quarta semana, mais de 60% dos pacientes que tomaram o remédio podiam andar de maneira independente, enquanto esta porcentagem descia para 45% no caso no grupo do placebo. Após concluir o tratamento, 72% dos pacientes do primeiro grupo podiam correr, enquanto apenas 18% do segundo grupo conseguiram.

Segundo o estudo, que foi publicado em 20 de abril na revista médica britânica “The Lancet Neurology”, 70% dos pacientes que tomaram o remédio quase não tinham sinais de incapacidade seis meses depois de iniciar o tratamento, o que para os pesquisadores significa que “poderá ser superada no futuro”.

No entanto, estes também apontam que será necessário realizar mais testes no futuro com um número maior de pacientes.

Nos últimos anos, se associou a síndrome de Guillain-Barre também a uma complicação do zika vírus.

Com informações da Agência EFE.