Cerca de 5% da população terá ao menos uma crise epilética na vida

Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), o uso regular de uma ou mais medicações é capaz de controlar adequadamente as crises em 70% dos casos

A epilepsia é uma doença que gera muitas inseguranças por parte de pacientes e familiares, principalmente, pela ocorrência de crises epiléticas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5% da população terá ao menos uma crise epiléptica na vida. Nesse sentido, a informação e o conhecimento são fundamentais para lidar melhor com a enfermidade.

A epilepsia é definida como uma doença cerebral crônica caracterizada pela predisposição duradoura a crises epilépticas e suas consequências neurobiológicas, sociais e cognitivas. É preciso entender o que isso significa na prática para um melhor convívio com a doença.

A neurologista Dra. Maria Luiza Manreza dá recomendações que podem contribuir com a qualidade de vida dos pacientes:

Não deixe ser uma barreira –  Doenças crônicas como a epilepsia podem parecer um fardo, mas, na maioria das vezes, o paciente tem condições de levar uma vida normal com o tratamento adequado e conhecimento sobre sua condição.

“É compreensível que exista uma preocupação em relação à epilepsia, mas que não deve  impactar no convívio do paciente consigo mesmo e com as pessoas que estão à sua  volta. Existem tratamentos eficientes para o controle das crises e suas manifestações e o cuidado e compreensão de pessoas próximas é muito importante”, afirma a doutora.

Confie no tratamento – De acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), o uso regular de uma ou duas medicações, a maioria delas distribuídas gratuitamente na rede pública, é capaz de controlar adequadamente as crises epilépticas em 70% dos casos. Pessoas com epilepsia devem estar inseridas na sociedade, ou seja, devem trabalhar, estudar, praticar esportes e se divertir.

Independentemente da doença por vezes demandar tratamento prolongado até mesmo por toda a vida, é importante confiar na orientação proposta pelo médico e na possibilidade de levar uma vida como qualquer outro. A pessoa com epilepsia não deve cultivar pensamentos negativos em relação à doença, pois isto contribui negativamente, favorecendo a exclusão social, a insegurança e a baixa autoestima.

Conheça a fundo – Caminhar em direção ao conhecimento e ao acolhimento dos pacientes é uma atitude importante que deve ser tomada pela sociedade em geral. Uma visão mais ampla e clara sobre o outro e suas particularidades facilita a aceitação e reforça o respeito que deve existir entre as partes, promovendo um ambiente com menos preconceitos e estigmas.