Centrais sindicais planejam greve de dois dias e ocupação em Brasília contra reformas

Representantes de diversas centrais sindicais brasileiras se reúnem na próxima quinta-feira, 04 de maio, em Brasília para discutir os próximos passos das ações contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. Os sindicalistas analisam a possibilidade de realizar uma marcha de 100 mil pessoas até a capital federal ou uma nova Greve Geral, desta vez de dois dias. Também é possível que ambas as ações aconteçam.

O presidente nacional da Central única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse, durante o ato no Dia do Trabalhador, 1º de Maio, que busca ainda diálogo com o Congresso.

Nesta terça-feira, 02, as centrais sindicais se encontrarão com a bancada e com o líder do PMDB no Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), além do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para debater o destino da Reforma Trabalhista, aprovada na Câmara.

“Parece que o Senado já entendeu que foi feito um atentado contra a classe trabalhadora. Vamos tratar disso e da necessidade de adiamento da Reforma Previdenciária, especialmente neste momento em que Ibope e Datafolha atestam o que CUT e Vox Populi já diziam: mais de 70% das pessoas são contra as reformas de Temer, o presidente mais impopular da história, que não tem legitimidade e credibilidade”, falou Vagner Freitas.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no dia 30 de abril, 71% dos entrevistados são contra a reforma da Previdência.

“Os Senadores vão ouvir a opinião pública ou morrerão abraçados com um governo que já acabou? Se quiserem entendimento para retirar essas propostas e num momento mais normal trazermos essa discussão para uma mesa de negociação, com um governo legítimo e eleito pelo povo, isso podemos discutir. Queremos eleições diretas já, o Temer não tem condições mais de ser presidente”, afirmou o presidente da CUT.