Casos de dengue no país têm ‘boom’ em 2024 e dobram em relação ao mesmo período de 2023; seis mortes foram confirmadas

O número de casos de dengue nas duas primeiras semanas de 2024 foi mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.

 

👉 Nas duas primeiras semanas deste ano, houve 55.859 casos prováveis de dengue no país. Seis pessoas morreram por complicações da doença. A incidência de casos neste ano é de 27,5/100 mil habitantes.

 

No mesmo período de 2023, haviam sido registrados 26.801 casos, com 17 mortes.

 

❗O aumento de casos ocorre em meio ao anúncio do governo de que o número de doses da vacina de dengue só dará para imunizar no máximo 3 milhões de pessoas em 2024.

 

O país é o primeiro no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio com a baixa quantidade de doses.

🦟🦟🦟 Considerada pelo ministério como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.

O período do ano com maior transmissão é justamente nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio, e, portanto, o alerta é para o combate ao mosquito.

 

🚨 Água parada é o principal foco, e os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.

 

A infectologista Luana Araújo afirma que o cenário para 2024 é “extremamente preocupante com relação às arboviroses de uma forma geral” em razão do momento climático favorável para a proliferação do mosquito – por causa do El Niño, que vem com calor intenso e muita chuva.

 

É tudo que o mosquito precisa. No calor, ele coloca os ovos, vem a chuva, que hidrata esses ovos e permite o desenvolvimento da larva. A larva eclode, vem o calor de novo, ela amadurece, vira um outro mosquito e por aí vai.

— Luana Araújo, infectologista

Ela ressalta a necessidade de diminuir a presença do mosquito.

“É muito importante que as pessoas cuidem de suas casas, aquilo que a gente sempre falou a vida inteira: pratinho de planta, garrafa retornável que está coletando água e não tem um escoamento, bandeja de degelo de geladeira, fonte em quintal, fontes ornamentais, depósitos, coisas ao ar livre, tudo isso pode coletar água. É de responsabilidade da gente, enquanto cidadão, cuidar de casa para diminuir isso”, afirma.

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