Câmara discutirá situação da Casa do Estudante de Mossoró em audiência pública

Foi aprovado à unanimidade nesta terça-feira requerimento solicitando a realização de uma audiência pública para discutir a situação da Casa de Estudante de Mossoró (CEM).  De acordo com os estudantes que residem na CEM, há quatro meses não há entrega de mantimentos à entidade por parte do Governo do Estado. Em decorrência disto, a Casa que já acomodou 110 estudantes, atualmente mantém apenas 85. Grande parte dos estudantes não consegue manter-se no local sem o envio de mantimentos do Governo e retornam às suas cidades de origem.

Sem o envio dos alimentos, os estudantes, que anteriormente faziam quatro refeições diárias, agora, fazem apenas uma refeição diária no local. Aqueles que dispõem de algum tipo de transporte frequentam restaurantes populares para não terem que retornar às suas cidades. “Desde que o governador Robinson Faria assumiu, o envio dos alimentos não é efetuado. Ele sugeriu um Termo de Ajustamento de Conduta(TAC), mas, nós não aceitaremos”, revela o diretor administrativo da CEM, Waldemar Filho.

Reconhecida pelo Poder Legislativo como entidade de utilidade pública, através da Lei Municipal nº 2.497/2009, a Casa do Estudante carece também, de apoio das autoridades municiais. “Estive com o prefeito de Mossoró em um evento no mês de dezembro e ele se comprometeu em nos ajudas, mas, já estamos no final de abril e não conseguimos mais encontrá-lo”, ressalta Waldemar.

 

Audiência

Procurado por membros da Diretoria, o vereador Vingt-un Neto se comprometeu em levar o assunto ao conhecimento da sociedade e autoridades competentes para que alguma solução seja encontrada rapidamente.

“A Casa do Estudante é uma instituição extremamente importante não só para Mossoró, mas, para todo o Estado e precisa da atenção de todos”, afirma. A data da audiência ainda será definida pela Câmara.

Inaugurada em 11 de agosto de 1957, a Casa do Estudante é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos e, sem o apoio do Governo do Estado, sobrevive hoje, de doações das próprias famílias, além de setores da sociedade.