Brasil presidirá sessão da ONU sobre situação das mulheres

Na próxima segunda-feira, 14, tem início a 60ª Sessão da Comissão das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres. O Brasil, representado pelo embaixador Antonio Patriota, vai presidir o Gabinete da Comissão, liderando a condução dos trabalhos. Até o dia 24 de março, o evento promoverá mais de 400 atividades em Nova York para incentivar debates sobre a relação entre o empoderamento feminino e o desenvolvimento sustentável das sociedades.

“Será um festival de ideias”, destacou a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, a respeito da Comissão que reunirá representantes dos Estados-membros, da sociedade civil e das Nações Unidas.

“A Comissão já tem trabalhado sob a perspectiva da aplicabilidade universal”, ressaltou Patriota, que também é representante permanente do Brasil junto à ONU. “Nenhum país, por mais desenvolvido (que seja), alcançou a igualdade de gênero plena, (isso é) um lembrete do desafio universal que enfrentamos ao promover a igualdade de gênero.”

Os encontros e discussões da Comissão vão rever os avanços conquistados até o momento para alcançar a igualdade de gênero e combater todas as formas de violência contra mulheres e meninas.

Serão debatidas ainda novas ações para promover a participação do público feminino em estratégias que os países têm elaborado para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Em 2015, a comunidade internacional adotou a Agenda 2030, um novo conjunto de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que incluem a busca pela paridade entre homens e mulheres e a erradicação da violência de gênero.

Também no ano passado, a ONU Mulheres lançou a campanha “Por um Planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”. A iniciativa envolve o acordo de compromissos nacionais junto a cada Estado-membro.

Até o momento, mais de 90 países já prometeram medidas concretas para promover a inclusão econômica das mulheres, protegê-las de violações e prestar apoio em casos de crises, como o atual surto do vírus zika e fenômenos climáticos extremos.

Fonte: ONU Brasil.