Auxiliar de Bolsonaro fez movimentação milionária, diz Coaf

Relatório à CPMI dos atos golpistas apontou fluxo de R$ 3,2 milhões entre julho de 2022 e janeiro de 2023 nas contas do tenente-coronel Mauro Cid, preso por suspeita de fraude em cartões vacinais. Defesa nega irregularidades.

Por DW

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid é acusado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de ter movimentado 3,2 milhões de reais entre junho de 2022 e janeiro de 2023 – volume “incompatível com o patrimônio (…) e capacidade financeira” do militar, segundo o órgão do governo responsável pelo combate à lavagem de dinheiro.

O caso foi noticiado pela imprensa brasileira nesta quinta-feira (28/07).

Contas controladas pelo outro braço-direito de Bolsonaro tendo registrado entrada de 1,8 milhão e saída de outros 1,4 milhão, apontando o Coaf em relatório enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro .

Dentre os valores, 367 mil foram encaminhados em 12 de janeiro deste ano a contas nos Estados Unidos – mesmo período em que ele e Bolsonaro se encontraram no país. O ex-presidente havia deixado o Brasil no apagar das luzes do seu mandato, retornando somente três meses depois.

Militar da ativa, Cid tem salário bruto de 26,2 mil reais.

O Coaf levanta suspeitas de sonegação fiscal, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro contra o Cid.

O militar já é investigado por suspeita de fraudar comprovantes vacinais emitidos em nome do ex-presidente e familiares, razão pela qual está preso desde 3 de maio , bem como por envolvimentos em uma suposta trama golpista .

A defesa de Cid nega ilegalidade nas transações.

ra (ots)

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