Análise: “Rússia, Irã e China tentam influir na eleição americana”

Postado às 16h02 | 29 Out 2024

 

Ney Lopes

Oito anos após a Rússia interferir na eleição presidencial americana de 2016, a influência estrangeira com os eleitores americanos se tornou mais sofisticada e muito mais difícil de rastrear.

Isso pode ter consequências, na corrida de 2024.

A desinformação vinda do exterior é ameaça consistente e perniciosa.

Rússia, Irã e China

A Rússia, de acordo com avaliações da inteligência americana, visa reforçar a candidatura do ex-presidente Donald J. Trump, enquanto o Irã favorece sua oponente, a vice-presidente Kamala Harris.

A China parece não ter um resultado preferencial.

O objetivo é semear discórdia e caos na esperança de desacreditar a democracia americana aos olhos do mundo.

Agora, o Irã e a China estão se engajando em esforços semelhantes para influenciar a política americana, e todos espalham “fake News” por dezenas de plataformas, de pequenos fóruns, onde os americanos conversam sobre o clima local a grupos de mensagens unidos por interesses comuns.

Há centenas de contas russas no Telegram, com vídeos, memes e artigos sobre a eleição presidencial.

Há pelo menos milhares de outras da China, que imitaram estudantes para inflamar as tensões nos “campi” universitários americanos neste verão sobre a guerra em Gaza

Apoio a Trump

Agentes russos também tentaram apoiar Trump em fóruns preferidos pela extrema direita, visando eleitores em seis estados indecisos, além de hispano-americanos, jogadores de videogame e outros identificados pela Rússia como potenciais simpatizantes de Trump.

“Sites” dirigem a desinformação sob medida para um público específico, atacando seus interesses ou opiniões e promovendo a discórdia.

O “Savannah Time” buscava influenciar eleitores conservadores no estado indeciso da Geórgia.

Em Michigan, outro estado indeciso, o Irã criou um canal online chamado “Westland Sun” para atender aos árabes americanos no subúrbio de Detroit.

Aumento da desinformação

Avanços recentes em inteligência artificial aumentaram as capacidades de desinformação, além do que era possível em eleições anteriores, permitindo que agentes estatais criassem e distribuíssem suas campanhas com mais sutileza e eficiência.

A desinformação estrangeira explodiu, pois, os gigantes da tecnologia praticamente desistiram de seus esforços para combate-la.

As maiores empresas, incluindo Meta, Google, OpenAI e Microsoft, reduziram suas tentativas de rotular e remover a desinformação desde as últimas eleições presidenciais.

Outras não têm nenhuma equipe em ação.

Realmente, os fatos descritos constituem uma ameaça a lisura das eleições americanas.

Será necessária a formação de uma “frente” unida contra a desinformação estrangeira, que põe em risco a própria soberanias das nações.

Hoje na história

1925 – Primeira exibição de imagens em movimento na televisão.

1945 – A Índia é admitida como Estado-membro das Nações Unidas.

1961 – A União Soviética detona na ilha russa de Nova Zembla a Tzar, maior bomba nuclear da história (57 megatons).

1969 – O general Emílio Garrastazu Médici assume a Presidência da República do Brasil.

1987 – O piloto brasileiro Nelson Piquet torna-se tricampeão mundial de Fórmula 1.

1988 – O piloto brasileiro Ayrton Senna vence o Grande Prêmio de Suzuka (Japão), tornando-se campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez.

2022 — Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, é eleito, no 2º turno, e pela terceira vez, presidente do Brasil.

Curtinhas

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