ANÁLISE: “O DRAMA DO SUBMARINO DESAPARECIDO COM TURISTAS”

Restam apenas 30 horas de oxigênio a bordo do submarino

Ney Lopes

O mundo assiste perplexo as tentativas de resgaste dos passageiros do submarino Titan, que está desaparecido desde domingo, ao largo da América do Norte, durante uma expedição aos destroços do Titanic.

A operação de salvamento tornou-se uma corrida contra o tempo, sobretudo porque a bordo restam apenas horas de oxigênio até amanhã, quinta-feira.

Os restos do Titanic – que afundou após colidir com um iceberg, em 1912 – estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros e a uma distância de aproximadamente 640 quilômetros ao sul da ilha canadiana de Newfoundland.

O submarino pertence à empresa OceanGate Expeditions, que organiza viagens turísticas às profundezas do mar.

As autoridades já lançaram uma operação para localizar e resgatar as pessoas a bordo, até agora sem sucesso.

Sabe-se que estavam cinco pessoas a bordo, entre as quais o bilionário britânico Hamish Harding, presidente da empresa de aviação privada Action Aviation, que afirmou ser um dos especialistas da missão nas redes sociais.

Os trabalhos de salvamento estão a uma distância de 700 quilómetros da costa e de uma área onde as condições meteorológicas são normalmente adversas.

Tudo isso dificulta significativamente o processo, alegam os técnicos.

Várias hipóteses são levantadas acerca do acidente.

O “submarino é pequeno, pesa cerca de dez toneladas

Pode ter sido uma “avaria catastrófica”, em que o submarino afundou e os cinco tripulantes morreram “de forma praticamente imediata”, ou uma “avaria técnica”, que faz com que não consiga “vir para a superfície”.

Outra possibilidade seria ele “ter ficado preso” num destroço do Titanic.

Poderá também ter ocorrido uma “falha geral de energia”, por exemplo em caso de entrada de água no sistema elétrico.

A operação de salvamento envolve  recursos técnicos e meios tecnológicos navais e aéreos.

Os navios têm sonares – aparelhos de detecção de som que permitem a localização de submarinos – para fazer uma “varredura do fundo do mar.

Já as aeronaves servem para procurar sinais, porque se houve um acidente e o veículo se partiu, “é natural que apareça alguma coisa à superfície”.

Um fator agravante é que que os tripulantes “não são profissionais da área”, ou seja, “não são pessoas que tenham um grande treino em termos de inteligência emocional para resistir a esta situação”.

É um conjunto de pessoas em viagem de turismo, que, de repente se veem numa situação muito difícil.

Surge uma notícia otimista nesta manhã de quarta feira.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou, na madrugada, que as equipes de resgate detectaram “ruídos subaquáticos” na área de busca onde o submarino desapareceu, há dois dias.

É um facho de esperança.

Os membros da equipe declararam que “Há motivos para esperança, com base em dados de campo – “entendemos que prováveis sinais de vida foram detectados no local”.

Agora por diante, tudo está nas mãos de Deus.

Só resta rezar para que o resgate tenha sucesso.

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