ANÁLISE: “MORTE DE MÉDICO E O RISCO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS”

O médico cardiologista Edênio Rêgo. (Reprodução do Blog do BG).

Ney Lopes

Vítima de acidente doméstico numa escada em sua residência, faleceu em Natal nesta terça, 11, o médico cardiologista Edênio Rêgo.

Profissional de elevado nível, era respeitado e acatado não apenas pelas suas qualidades médicas, mas pelo estilo humano e saudável com que atendia aos seus pacientes.

A propósito desse fato lamentável é oportuno abordar, a título preventivo, o elevado risco de acidentes domésticos, que se transformam em fatais. Por isso, a prevenção e a cautela são recomendáveis.

As principais vítimas desses acidentes são as crianças. Elas desconhecem o perigo que alguns produtos e objetos podem representar e, por falta de medidas de segurança por parte dos adultos, acabam se acidentando.

Estatísticas do Sistema Único de Saúde revelam que 75% das lesões em pessoas da terceira idade acontecem dentro de casa e destes, 34% provocam algum tipo de fratura.

O levantamento revela, que 46% dessas fraturas ocorreram em acidentes no trajeto entre o quarto de dormir e o banheiro.

Uma das “dicas “ dos profissionais é evitar deixar objetos pelo chão, móveis no meio do caminho, tapetes soltos e outras “armadilhas”.

As pesquisas mostram que os tipos de acidentes domésticos estão relacionados a faixa etária.

Para as crianças, por exemplo, os acidentes mais comuns são choque elétrico, queimaduras, asfixia por objeto (engasgo), quedas, dentre outros.

Já para os adultos, as principais ocorrências são intoxicação com produtos de limpeza e queimaduras. E para os idosos são as quedas.

Os acidentes domésticos são a principal causa de óbito entre crianças de 1 a 14 anos.

Acidentes com idosos também costumam ter alto índice de internação, inclusive levando a óbito.

Em decorrência da necessidade de ficar em casa, durante a pandemia, um dado preocupante foi verificado o aumento dos acidentes domésticos. As crianças estão entre as principais vítimas. No SUS, o atendimento de casos chegou a superar 200%.

Especialistas recomendam algumas medidas preventivas: De modo geral, poucos adornos e tapetes na decoração. Idealmente, os móveis precisam ter cantos arredondados e, se possível, recomenda-se evitar móveis com vidro.

O risco com choques e queimaduras elétricas pode ser minimizado se os fios forem mantidos presos ou embaixo de móveis e as tomadas fechadas. É sugerido que grades ou portões de proteção no topo e na base das escadas sejam utilizados.

Também é importante não deixar objetos espalhados ao longo das escadas, manter os corredores iluminados de dia e à noite e colocar piso antiderrapante, livrando objetos que possam atrapalhar a circulação

Vê-se que muitas circunstancias levam a esses acidentes, razão pela qual os cuidados preventivos se impõem. A vida humana não pode ficar vulnerável na própria moradia.

Em tempo: o editor associa condolências aos familiares e amigos do cardiologista Edênio Rêgo. Uma perda irreparável. Que Deus o receba na Eternidade.

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