ANÁLISE: “ESQUERDA E DIREITA NO MUNDO”

 

Ney Lopes

A propósito de reflexões sobre temas políticos contemporâneos, li interessante artigo do jornalista português José Antonio Saraiva sobre a ideia de que a esquerda é sempre democrática e a direita autoritária.

Desmentido – O autor conclui, que essa é uma ideia falsa e a história desmente-a.

A esquerda e a direita são democráticas ou autoritárias, dependendo da situação em que se encontram.

Percebe-se na História, que quem clama pela democracia são aqueles minoritários, afastados do poder.

Contradições – No tempo da Monarquia, os republicanos acusavam o regime monárquico de autoritarismo e clamavam por uma República democrática.

No tempo da República, a situação inverteu-se: os monárquicos gritavam pela democracia.

Brasil – No tempo do Estado Novo, os comunistas, perseguidos pela polícia, integravam a “oposição democrática”.

Mas, nos países em que os partidos comunistas subiram ao poder, eram os liberais clamando por democracia.

Ucrânia –A guerra da Ucrânia lança nova reflexão sobre este problema.

Indaga-se o que é Putin.

É direita ou esquerda?

Putin – É um ditador, que implantou um regime autoritário, distribuiu a riqueza entre plutocratas, apoia-se neles e no partido único para se eternizar no poder, cultiva um nacionalismo agressivo, é imperialista e não cumpre as regras do direito internacional.

Conclusão – A divisão do mundo de hoje não depende de direita, esquerda nem ideologia.

Tem a ver com blocos formados por razões geoestratégicas.

O importante são as nações preservarem a justiça, o respeito à liberdade e autodeterminação dos povos.

Democracia – Como cita Norberto Bobbio foi por meio da democracia, que se conteve os grandes abusos de poder na humanidade.

Olho aberto

Luto – Morreu o comandante Graco Magalhães.

Foi piloto oficial do Estado do RN, até 1992.

Com formação em aviação, inclusive nos EEUU, ao completar 100 anos transformou em escritos as histórias de vida.

Assim, lançou o livro “Centenário Graco Magalhães Alves – Depoimentos de um pai para um filho”.

O sepultamento será hoje, 12, às 8 horas, no Cemitério do Alecrim.

Que Deus o receba na Eternidade!

RN – Muito útil para o RN a presença no Egito, na Cop 27, da governadora Fátima Bezerra, deputada Natalia Bonavides e senador Jean Paul Prates.

Na globalização, o administrador e legislador não podem deixar de ter visões universais dos problemas numa hora de tantas mudanças.

Homenagem – Cumprimentos aos 55 anos de jornalismo da amiga Hilneth Correia.

Entrevista – Lúcida a entrevista do advogado Erick Pereira, condenando o projeto de autocracia no Brasil, através de manifestações favoráveis que se realizam em frente a um quartel militar, em Natal.

Condenação – Quem defende um regime autoritário, através de intervenção armada, desconhece o que é ser condenado sem direito de defesa, com repercussões sobretudo na família.

Poder –  “Poder sem controle logo se degenera em excessos, abusos e arbítrios. O poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente”.

Desembargadora – A nova desembargadora Maria de Lourdes Medeiros de Azevedo, indicada pela governadora Fátima Bezerra, tem méritos inegáveis para o exercício da nova função.

Congratulações!

Análise I– Em sã consciência não se pode negar que as escolhas na transição mostram, “até agora”, aceno de Lula ao mercado e ao centro político.

Análise II- Verdadeira “tempestade num copo d’água”, esse vozerio de prepostos do “mercado”, pelo fato do presidente eleito ter usado a expressão “tal estabilidade fiscal”, em relação ao teto de gastos.

Macron na França, Merkel na Alemanha, Biden nos EEUU, os japoneses, também tiveram que  enfrentar a tal “estabilidade fiscal”, durante a pandemia, sem destruí-la.

Análise III – Em todos esses países ocorreram mudanças nos tetos de gastos, sem significar gastança irresponsável.

No Brasil, o “mercado”, ao protestar por antecipação, dá a entender que é contra qualquer política de ajuda e assistência aos necessitados, quebrando o “teto”.

Trata-se de desserviço aos interesses nacionais, ao provocar inquietação e ameaças, antes das definições da política econômica do novo governo.

Deixe um comentário