ANÁLISE: ELEIÇÃO DE 2024 AFASTA “NOVOS” MANTÉM “ATUAIS”

Ney Lopes

Falta pouco mais de um ano para as Eleições 2024, quando eleitoras e eleitores voltarão às urnas na escolha de prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios brasileiros.

O primeiro turno será no dia 6 de outubro.

Qualquer mudança legal precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional até 5 de outubro próximo, para obedecer ao princípio da anterioridade eleitoral.

Vagas – Ocorrerão surpresas na próxima eleição municipal, em decorrência das mudanças geradas pela 14.211/21.

Um aspecto que poderá surpreender os candidatos é o número de vagas nas Câmaras Municipais de Vereadores de cada cidade, que se dará pelo tamanho da população.

Redução de vagas – Os partidos políticos terão que diminuir o número de vagas nas nominatas de vereadores para disputar as eleições.

Em 2020, com o fim das coligações, os partidos podiam lançar até 150% do número de cadeiras nas Câmaras.

Na eleição de 2024, os partidos terão que aprimorar critérios para as escolhas de suas nominatas.

Isto porque cada partido ou federação apresenta uma nominata ao legislativo com, no máximo, o total de cadeiras da Câmara “mais um”.

Escolha de partido – Os novos postulantes a mandato de vereador terão que avaliar com muito cuidado, antes de escolher o partido ao qual se filiarão, sob o risco de ficarem de fora da eleição nas convenções partidárias.

Tais mudanças poderão reforçar a migração de filiados, até de grandes partidos, para siglas menores, por serem afastados da disputa pelo critério de corte.

A “janela eleitoral” de março de 2024 autorizará mudança de sigla.

Na prática, aumentam as dificuldades para os “novos”, de onde poderiam surgir novas lideranças.

Ajuda – Deve ser levado em conta, que os candidatos às vagas proporcionais auxiliam nas campanhas majoritárias.

Com nominatas menores, a mudança influenciará igualmente na campanha dos candidatos a prefeito e vice.

Muitas vezes, candidatos com poucos votos ajudam o partido decidir uma eleição.

Renovação – O lastimável é que tradicionalmente as mudanças eleitorais só chegam nas vésperas da eleição e favorecem as cúpulas partidárias e seus “protegidos”.

A renovação política no Brasil é praticamente impossível.

Tudo é dirigido para afastar os “novos” e não prejudicar aqueles que já têm mandatos.

Triste realidade!

Post scriptum – Até 5 de outubro deverá ser publicada legislação para a eleição de 2024. Algumas alterações ocorrerão. Dificilmente será para aprimorar o processo eleitoral. A regra histórica tem sido cuidar de manter os mandatos dos atuais.

Olho aberto

Mossoró – A Unifuturo instalou-se em Mossoró.

A instituição de ensino superior foi fundada em Portugal e migrou para o Brasil, com o foco na formação continuada de professores no norte-nordeste do país.

É uma Universidade respeitada internacionalmente e oferece mais de 70 cursos de graduação, pós-graduação, de extensão universitária e MBAs.

Sucesso em NY – Loja denominada “O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa” chegou ao coração da Times Square, em Nova York, um dos mais visitados pontos turísticos norte-americanos.

Sucesso total de vendas.

Certamente, queijos de manteiga; coalho; carne de sol em conserva; bordados e sucos tropicais do RN teriam o mesmo sucesso.

Redes sociais – Pesquisadores ligados à Universidade Oxford se propuseram avaliar o impacto das redes sociais no bem-estar das pessoas.

A conclusão é que plataformas como Facebook não influenciam negativamente na saúde mental da população.

Isolamento – Coreia do Norte estava isolada, desde o início da pandemia.

O primeiro voo comercial, em três anos, para outro país foi na semana passada à Pequim.

No PP – – O senador Styvenson Valentim está quase decidido a ingressar no PP.

Tem cobertura do presidente do partido, seu colega Ciro Nogueira.

Exército – O Exército mobilizará 17 mil homens no desfile cívico do 7 de setembro nas sedes de oito comandos da área da Força terrestre.

Celular – O mercado de celular no Brasil passa por crise de vendas.

Antes da pandemia, o tempo médio de troca do aparelho chegou a ser de até um ano, mas agora é de 24 meses ou mais.

Ministra da direita radical – Giorgia Meloni, primeira mimistra da Itália de extrema direita, taxou os bancos em 40% por excesso de lucros e usará a receita para reduzir outros impostos.

Dor de cabeça – Se Javier Milei, também da direita radical, ganhar a presidência da Argentina promete ser dor de cabeça para Lula, por ameaçar Mercosul e constranger Brasília ao rejeitar Brics.

(Coluna publicada no jornal AGORA RN)

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