Análise de dados é constante após início da perfuração do Poço Pitu Oeste, explica Sindipetro-RN

Petrobras começou no último sábado 23 a perfuração do poço de Pitu Oeste, que marca a retomada da pesquisa da companhia por óleo e gás na Margem Equatorial, região que se estende pelo litoral brasileiro do estado do Rio Grande do Norte ao Amapá. Com o início do trabalho, a coleta e análise de dados são diárias, conforme indicou o Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro).

A perfuração do poço, na concessão BM-POT-17, localizada a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, levará de 3 a 5 meses. “Agora a análise dos dados é diária, mas só a geologia tem acesso. A perfuração é dinâmica, os dados são coletados a todo instante, sobre as camadas rochosas da formação, por exemplo. Até a presença de óleo. Quando tivermos essa notícia da presença de óleo deverá ser divulgada, imagino”, pontuou ao AGORA RN o secretário-geral Sindipetro-RN e diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Pedro Lúcio Góis.

 

“O apoio logístico para a perfuração aqui na Margem Equatorial será todo no Ceará. Justamente devido às dificuldades de infraestrutura de portos, aeroportos e rodovias do nosso RN. Se não nos prepararmos para a produção, vamos perder mais esse bonde da história”, alertou ele.

 

O Pitu Oeste é o terceiro poço da concessão BM-POT-17, que já foi explorada anteriormente, sendo a última perfuração em 2015. “A Petrobras obterá mais informações geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu”, diz a nota oficial da estatal.

 

No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos. O avanço dos trabalhos na Bacia Potiguar conta com o aval do Ibama. A licença de operação para a perfuração do poço de Pitu Oeste foi obtida em outubro. A Petrobras também obteve autorização para perfurar o poço Anhangá, localizado a 79 km da costa do Rio Grande do Norte.

Nessas perfurações voltadas para a pesquisa, é feita uma avaliação de viabilidade econômica. Caso decida avançar para a etapa de produção, a Petrobras precisará realizar um novo processo de licenciamento ambiental. A nota divulgada pela estatal traz uma mensagem do presidente, Jean Paul Prates.

 

Segundo ele, a Margem Equatorial será um ativo importante até para a sustentabilidade global. “A Petrobras pretende contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região, sem esquecer da importância em fazer parte dos esforços para promover a segurança energética nacional”, declarou.l

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