ANÁLISE: “AS CONSEQUÊNCIAS DAS INVASÕES EM BRASÍLIA”

 

Ney Lopes

E agora?

Quais as consequências dos atos de vandalismo praticados em Brasília, no último domingo?

Podemos analisar várias.

Em primeiro lugar, a direita não radical precisa encontrar um novo líder.

Bolsonaro auto isolou-se.

A única possibilidade de ressureição seria um desastre total do governo Lula.

Forças Armadas – O episódio demonstrou que o país não é uma republiqueta.

As Forças Armadas deram provas de compromisso com a legalidade democrática.

Mesmo diante de acenos golpistas, elas se mantiveram fieis a Constituição.

Os atos terroristas afastaram os militares dos radicais.

União – Percebe-se que a federação sai fortalecida.

Os governadores atendem apelo do presidente e sentam-se na mesma mesa, o que simboliza união.

O maior exemplo de diálogo democrático é dado pelo governador Tarcísio de Freitas de SP, ao comparecer à reunião no Planalto, convocada pela Presidência.

Estabilidade – A economia dá sinais que não sofreu abalos, pelas reações dos agentes financeiros.

Os índices econômicos se mantêm estáveis.

No primeiro momento, o presidente Lula sai politicamente fortalecido, pela redução da polarização.

Ele age bem na articulação institucional e política da crise. Isso não é definitivo.

Dependerá do comportamento futuro do governo.

Centro-direita – Tornou-se visível, que os radicais não representam os 58 milhões de votos, que Bolsonaro teve nas eleições.

São minoria.

Abre-se um vácuo de poder na política brasileira, que Lula somente conseguirá penetrar se fizer aceno para o eleitorado de centro-direita.

Essa é uma tarefa difícil pelos segmentos radicais do seu próprio partido e aliados como o PSOL e outros.

Presidenciáveis – Para a ocupação dessa posição de centro-direita surgem os nomes dos governadores Romeu Zema (MG), Eduardo Leite (RS) ou Tarcísio de Freitas (SP).

Dos três, Tarcísio de Freitas é o herdeiro natural do bolsonarismo, embora nunca tenha compactuado com o radicalismo.

Ele tem chance de se colocar como liderança nacional.

Instituições – O que se conclui é que o Brasil ao atravessar uma crise dessa proporção, idêntica a invasão do Capitólio nos EUA, demonstra a força inabalável de suas instituições. Bom sinal!

Olho aberto

Frase– O padre João Medeiros Filho, inteligência privilegiada da Igreja potiguar, iniciou a sua homilia na missa de ação de graças pela posse dos novos dirigentes do TJ-RN, lembrando a atualíssima frase do Papa Bento XVI, recentemente falecido, proferida num congresso internacional de juristas:

Não é possível democracia com fome, desenvolvimento com pobreza, paz sem diálogo, nem justiça sem humanismo e laivos de compreensão”.

Bomba – Em apuração sigilosa, a participação de potiguares – pessoas físicas e jurídicas -, por via indireta, no financiamento de grupos radicais do bolsonarismo, inclusive de participantes dos atos terroristas, no último final de semana.

Blitz – O DETRAN-RN tem realizado eficiente trabalho de fiscalização na chamada operação verão.

Não apenas verifica documentação do motorista, mas também a carga do veículo, mesmo particular.

Até contrabando já foi apreendido.

Bolsonaro – Não existe essa história de que o ex-presidente seria extraditado dos Estados Unidos, onde se encontra.

Só é possível pedir a extradição de alguém que responda a algum processo criminal, e o ex-presidente da República não está nesta situação.

Renan Calheiros ao fazer esse pedido “joga para a plateia”.

DF – Não houve omissão do governador de Brasília Ibaneis Rocha nas invasões bolsonaristas.

Ele apenas não foi informado dos fatos.

Nesse ponto, o próprio governo federal também não foi.

Volta – O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende antecipar seu retorno ao Brasil.

Voltará para ser atendido por médicos que já acompanham seu “problema de obstrução intestinal.

Cristiano Ronaldo – Fonte próxima do Al-Nassr, revela que o capitão da seleção portuguesa Cristiano Ronaldo irá ganhar 400 milhões de euros na Arábia Saudita, metade desse valor para promover a candidatura do país, em conjunto com Egito e Grécia, ao Mundial 2030, ao qual Portugal é candidato, com Espanha e Ucrânia.

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