ANÁLISE: “A ELEIÇÃO AMERICANA DE 2024”

 

Ney Lopes

Não é apenas no Brasil que o eleitor vota por exclusão, escolhendo o menos ruim.

A eleição presidencial dos Estados Unidos de 2024 caminha para esse tipo de opção.

O país, à semelhança do Brasil, está radicalizado: o voto democrata é um voto anti-Trump; o voto republicano é um voto anti-Biden.

O voto negativo tem preponderância em qualquer um dos partidos.

Reeleição – Biden, hoje com 80 anos, já anunciou que irá concorrer à reeleição.

Ele é o Presidente mais velho da história dos Estados Unidos.

Se for reeleito, terminará o segundo mandato com 86 anos.

Divisão – O grande problema é que o Partido Democrata, profundamente dividido, não tem alternativa, salvo Biden.

Como ele já avançou é esperado que não encontre grande concorrência dentro do seu partido.

Contará com o trunfo, de que na reeleição do Presidente, não haverá eleições primárias.

Adversários – Os únicos possíveis adversários de Biden, na disputa do Partido Democrata, seriam Marianne Williamson, 70 anos, escritora de livros de autoajuda; o outro é Robert F. Kennedy Jr., 69 anos, que embora tenha algum nome por ser sobrinho do ex-Presidente dos EUA John F. Kennedy, não empolga o eleitorado.

Republicanos – Já entre os republicanos existem pelo menos cinco candidatos.

Donald Trump o nome com mais peso.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, 44 anos, também deverá apresentar a candidatura, na condição de um dos principais adversários de Trump.

O problema de Ron DeSantis é que ele próprio é um produto do trumpismo.

Carência – Pelo que se observa, o santuário da Democracia, que é a América, sofre pela falta de quadros para disputas eleitorais.

Portanto, não é só no Brasil que ocorre o fenômeno da carência de líderes.

Olho aberto

Censura – O relator do projeto de lei, em tramitação, que estabelece a censura no país, anuncia que irá retirar a exigência de um órgão controlador da mídia no Executivo.

Porém, substitui por um “comitê” ligado a presidência da República.

Quer dizer: dá na mesma.

Vinhos – Os vinhos europeus vão ter de disponibilizar informação nutricional como qualquer iogurte ou pacote de bolachas.

Tudo em nome da transparência e dos direitos do consumidor a partir de 8 de dezembro

Juro negativo – Banco do Japão decidiu manter os juros em -0,1%, conservando as suas taxas de referência em termos negativo desde 2016.

É atualmente a única taxa negativa no mundo.

Rei – De acordo com uma pesquisa encomendada pela BBC, 58% da população do Reino Unido prefere ter um rei como chefe de Estado, e 26% preferem que uma pessoa seja eleita para o cargo.

Isenção IR – O governo editará MP elevando a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 2.640 a partir de maio.

Quem ganhar até esse teto não recolherá imposto na fonte.

Pressão nas residências – Quando sancionou o o reajuste de 9% para servidores públicos federais civis, o presidente Lula voltou a instigar a militância para que pressione autoridades públicas em suas próprias residências, mas desde que seja feito com “muita educação”.

Essa não é uma ideia feliz.

Argentina – As importações de produtos chineses na Argentina serão pagas com o “yuan” (moeda chinesa), em vez do dólar americano.

É um novo estímulo ao uso mundial da moeda chinesa.

Coroação I – A cerimónia da coroação do Rei Carlos III no dia 6 de maio  terá cerca de dois mil convidados, um quarto dos mais de 8 mil, que em 1953 prestigiaram a coroação da mãe, a rainha Isabel II.

A parada será a maior operação militar cerimonial nos últimos 70 anos, envolvendo seis mil militares.

Harry – Após meses de negociações com o Palácio de Buckingham, Harry, o filho de Carlos, irá estar presente, mas a mulher, Meghan Markle, ficará nos EUA.  

Estarão presentes. Tom Parker Bowles e Laura Lopes, os filhos da rainha consorte Camila Parker, no primeiro casamento

Biden ausente – A primeira-dama americana representará o esposo Joe Biden.

O presidente dos EUA cumpre assim uma histórica ausência: jamais um líder norte-americano compareceu à coroação de um soberano britânico

Ausências – Já os parlamentares britânicos não foram autorizados a levar cônjuges.

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