ANÁLISE: “A DENÚNCIA DE FÁBIO FARIA”

 

Ney Lopes

Clima de medo e ansiedade coletiva nesta reta final da campanha presidencial.

Pessoas e grupos se sentem ameaçados diante dos votos recebidos pelo presidente e outros diante da possível volta do ex-presidente Lula.

Muitos esperavam que a eleição se resolveria no primeiro turno.

Aumentam emoções, ansiedades e angustia.

Famílias – A radicalização é cada dia maior e afeta as relações interpessoais.

Estudos de psicologia social mostram que deixar de falar sobre política tem sido a principal estratégia adotada por certas famílias.

Observa-se uma espécie de pacto de silêncio.

As posições políticas geram estresse e até rompimento real de pai com filho, de neto com avôs. Verdadeiro mal-estar.

Cartas – A reta final é o momento em que “todas as cartas estão na mesa”, para consolidar os votos que já existem ou obter os que faltam, com todos os meios à disposição.

Mundo – Os métodos usados variam face a influência de movimentos radicais político-ideológicos, que prosperam no mundo.

A direita tem seguidores na Índia com Narendra Modi, na Hungria Viktor Orban, na Colômbia senadora Maria Fernanda Cabal e sobretudo o ex-presidente Trump, que chama Bolsonaro de amigo irmão e o típico “tropical Trump”

Exaltação – A esquerda conduz Lula a conviver com ditaduras sul-americanas (Cuba, Venezuela e sandinistas da Nicarágua).

O ex-presidente sempre defendeu relações com o sul global, aproximando-se de nações como Guiné Equatorial, onde tem aproximação com Teodoro Obiang, no poder desde 1979, quando derrubou o seu tio Francisco Macías num golpe de Estado.

É o Presidente há mais tempo em exercício no mundo.

Dia – Neste contexto, aproxima-se o “dia D” da eleição brasileira.

Que Deus nos abençoe!

A denúncia de Fábio Faria

Ontem à noite, o ministro Fábio Faria, com pompas e circunstâncias, em frente ao Palácio Alvorada, deu início ao “terceiro turno” da eleição.

Alegou, através de documentos de empresas particulares, que a campanha do presidente foi prejudicada pela desigualdade na divulgação das inserções em rádios e enfatisou as emissoras do interior do nordeste.

O fato de centralizar supostas irregularidades apenas no nordeste coloca muito mal a região, quando deveria abranger amostragens de outras localidades.

As inserções de Bolsonaro não teriam sido divulgadas na totalidade.

O ministro falou o tempo todo sobre a necessidade da igualdade entre os candidatos.

Está claro ter sido orientado por advogado, visando arguir, caso o presidente perca a eleição, que há lesão ao princípio da isonomia e a eleição deve ser anulada.

Esse princípio é previsto no art. 5º, “caput”, da Constituição Federal, segundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

O TSE, no julgamento do Respe 0602016-38 (Pedro Laurentino — PI) iniciou o debate sobre as provas suficientes para configuração da fraude eleitoral.

Foi destacado pelo eminente min. Tarcisio Vieira, relator, que “Não bastam apenas indícios; são necessárias provas objetivas e robustas aptas a configurar a fraude”.

Certamente, no prazo já concedido pelo TSE, as provas serão anexadas pelo ministro Fábio Faria.

Se confirmadas provas, além de relatório privado,  trata-se realmente de fato grave.

Caso contrário, o ministro terá “dado um tiro no pé”, em prejuízo da campanha do presidente Bolsonaro.

Olho aberto

Solidez – As instituições políticas brasileiras demonstram solidez na preservação da Democracia, diante dos verdadeiros “tsunamis” anunciados para destruí-las.

A constatação da absoluta lisura do voto eletrônico é a principal vitória.

Segredos – Os documentos apreendidos em agosto na residência do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, na Florida, incluíam informações confidenciais sobre o Irã e a China que poderiam ter exposto os métodos de espionagem norte-americana, informou o “Washington Post”.

Grande risco para os Estados Unidos.

Bocelli – Fato curioso ocorre com o cantor Andrea Bocelli.

Ele processa uma empresa de jatos, na qual alugou equipamento de luxo e lhe foi destinado avião velho e barulhento

O cantor pede indemnização de cerca de 587.233 euros, que pagou por voos alternativos, honorários a advogados e danos.

Bastidores- A mídia registra que nenhum dos três filhos do presidente fala com a primeira dama, Michelle Bolsonaro.

Os generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, demonstram ciúmes do colega de farda Braga Neto, escolhido vice — posto que ambicionavam.

Se Bolsonaro ganhar – Artur Lira continuará na presidência da Câmara, com apoio do PL., mas o PL em troca quer atrair a recém-eleita senadora Tereza Cristina do União Brasil para a legenda e apoiá-la na presidência do senado.

Se Lula ganhar – Ficará mais fácil o senador Rodrigo Pacheco continuar na presidência do senado, numa aliança com o PSD e partidos da base de eventual governo petista.

Há uma pedra no caminho: o senador Renan Calheiros é candidatíssimo à sucessão de Pacheco.

O governo terá duas alternativas: um ministério para Renan, ou uma vaga no STF para Pacheco.

Mérito Potiguar – A biomédica potiguar Helena Varela assumiu a supervisão de laboratório clínico na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma das instituições globais de ensino mais prestigiadas.

Ela era contratada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das universidades mais renomadas do mundo, em 1º lugar há nove anos no ranking QS.

Está localizado a pouco mais de três quilômetros da Harvard University, na cidade de Cambridge

Doação – Luciano Hang, dono da Havan, doa R$ 1 milhão para Bolsonaro na reta final da campanha.

Promessas – Com uma vitória de Lula, ou de Bolsonaro, o próximo governo terá que acomodar um impacto orçamentário que ultrapassa os R$ 140 bilhões com compromissos ou promessas feitas pelos dois presidenciáveis.

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