Agência dos EUA aponta agosto como o mês mais quente da história

Temperatura média global da superfície terrestre ficou 1,25 ºC acima da média do século 20, de 15,6 ºC

Agência dos EUA aponta agosto como o mês mais quente da história

Temperatura média global da superfície terrestre ficou 1,25 ºC acima da média do século 20, de 15,6 ºC

Agosto de 2023 teve a temperatura global mais alta já registrada nessa época do ano pela Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). De acordo com a organização, que registra a temperatura global há 174 anos, o mês passado se confirmou como o mais quente já visto – tanto no Hemisfério Norte, que enfrenta o verão, quanto no Sul, que passa pelo inverno.

A análise, feita por cientistas dos Centros Estadunidenses de Informação Ambiental da NOAA, mostrou que a temperatura média global da superfície terrestre e oceânica em agosto de 2023 ficou 1,25 ºC acima da média do século 20, de 15,6 ºC. As informações foram republicadas pela Agência Estado (AE).

“O mês passado não foi apenas o mês de agosto mais quente já registrado, mas também o 45º agosto consecutivo do mundo e o 534º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século 20”, aponta a cientista-chefe da NOAA, Sarah Kapnick. Quatro continentes – África, Ásia, América do Norte e América do Sul – e a região ártica tiveram o mês de agosto mais quente já registrado. Já a Europa e a Oceania tiveram o segundo mês de agosto mais quente registrado em toda a série histórica.

A pesquisa mostra ainda que, desde abril deste ano, a temperatura global da superfície do mar vem atingindo recorde máximo em relação à média padrão. Em agosto, esse recorde configurou uma subida de 1,03ºC.

“As ondas de calor marinhas globais e o crescente El Niño estão a provocar um aquecimento adicional este ano, mas enquanto as emissões continuarem a impulsionar uma marcha constante de aquecimento de fundo, esperamos que novos recordes sejam quebrados nos próximos anos”, alerta Sarah Kapnick, citando o fenômeno climático que costuma aquecer as águas do Oceano Pacífico.

No dia 14 de agosto, cientistas da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) confirmaram que julho havia sido o mês mais quente desde o início das medições. Na ocasião, eles também alertaram que 2024 vai ser um ano ainda mais quente que 2023.

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