Advogada de traficantes brasileiros é assassinada no Paraguai
A advogada paraguaia Laura Casuso, conhecida por trabalhar na defesa do traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, morreu na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, em um atentado ontem à noite, que está sendo investigado pela polícia do Paraguai.
Laura, uma figura conhecida no Paraguai justamente por defender Pavão, foi atingida por dez tiros após ser alvejada quando saía uma casa nessa cidade e morreu horas depois no Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, onde foi internada em estado grave.
As autoridades paraguaias trabalham com a hipótese de que a advogada foi assassinada por matadores de aluguel procedentes do Brasil.
Laura chegou ao Paraguai há poucos dias, mas tinha sua residência no Brasil, para onde Pavão foi extraditado em dezembro do ano passado para cumprir pena 17 anos de prisão por lavagem de dinheiro, narcotráfico e associação criminosa, após ter cumprido outra pena de oito anos no Paraguai por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
A advogada também defendia Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, suposto chefe da facção criminosa Comando Vermelho e preso no Paraguai desde dezembro, quando foi detido na cidade da Encarnación, após permanecer foragido da justiça brasileira desde 2007.
Pedro Juan Caballero está entre as cidades mais violentas da região e é palco de uma luta de poder entre facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.
As cidades na fronteira entre Brasil e Paraguai, como Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero, são as principais rotas regionais do tráfico de cocaína e maconha, segundo a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.
Agência EFE