A LIBERDADE RELIGIOSA II – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

A LIBERDADE RELIGIOSA II – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

A LIBERDADE RELIGIOSA II

A religiosidade, ou crença religiosa, é algo internalizado no ser, de forma que é impossível arrancar da alma humana a esperança da fé. Não é à-toa que quase toda a população mundial tem uma crença religiosa. Tanto faz o tempo, pois quando olhamos para o passado, lá está latente a fé. Quando olhamos para o presente, a fé é latente, e quando observamos o futuro, lá diante de tudo, está a fé. Mesmo diante das frequentes perseguições, assassinatos e restrições governamentais, sendo hostilidades sociais, a crença no transcendente permanece inalterada.

Quando tratamos da perseguição religiosa, algo quase comum no mundo atual, é percebível que existem dois tipos mais comum, que são: de ordem física e de ordem psicológica. A de ordem física, quase sempre é aplicada a pequenos grupos religiosos ou de matriz africana. Por outro lado, em algumas partes do mundo, a perseguição religiosa se dar de forma governamental em descriminação das minorias religiosas.

A história humana, nos mostra que grande parte dos conflitos e guerras, estão relacionados diretamente a perseguição ou intolerância religiosa, pior em nosso tempo ainda é comum. Visto que a crença é liberdade e formadora de novos conceitos sociais, que desnorteia a sociedade dominante.

Entretanto, a crença ou religião, é de vital importante no seio da sociedade no sentido de influenciar positivamente o desenvolvimento da humanidade em todas as áreas vitais de uma sociedade madura e equilibrada.

A liberdade religiosa leva a democracia que por consequência produz vozes legítimas da população, que deve ser ouvida pela esfera pública, na aplicação das leis vigentes e proporcionais da coexistência da pluralidade religiosa. Isto é uma indicação de que o processo de evolução social atingiu um grau de maturidade existencial. O que apenas vem demonstrar que a liberdade religiosa não é somente a prática de cultos privados e livres. Pelo contrário, essa expressão de culto, tem no seu teor, todos os meios sociais, acertáveis e razoáveis que são as questões sociais e morais de uma sociedade.

Para governos antidemocráticos, o pluralismo religioso e o multiculturalismo, é visto como ameaça ao seu domino ditatorial. Que, logo, inventa leis e mais leis para reduzir de forma drástica a possível influência que a liberdade religiosa possa trazer. E o mais comum desses governos de perseguição, a fé ou a crença religiosa, é a citação de que eles estão protegendo a nação, a segurança nacional, a ordem e a unidade de ameaças atemporais, por vindas da religião.

Numa análise atemporal, é possível nota que na história humana, as regulamentações governamentais e sociais da religião, apenas gerou uma grande diversidade de conflitos e perseguições, que nunca foram causados pela pluralidade religiosa, e sim, por tentativas de domínio das expressões culturais e religiosas de um povo.

É importante ressaltar que a legitimação da violência de grupos extremistas, contra religiosos, ocorrem pela ausência de um punição severa. O que apenas legitima a violência e o escarnio da fé. Por outro lado, é importante ressaltar que alguns governos desejam essas tensões sociais para implementar medidas regulatórias, que servem apenas de perseguição disfarçadas de leis, geando um ciclo perigoso e vicioso de perseguição e regulamentação social.

Diante do quadro exposto, a liberdade religiosa ou de crença, mesmo sendo um direito individual fundamental, não deve ser visto apenas como um fator de fator social de equilíbrio, mais como, modelo de bem-estar dos seus cidadãos, sendo promotora da paz social e da estabilidade da nação.

Quando os governos passam a negligência a liberdade religiosa, as consequências são incalculáveis, tanto no âmbito nacional, como no internacional.

Portanto, a liberdade religiosa é fundamental para desenvolvimento de uma nação, e de um povo equilibrado socialmente. É a partir dela, que a democracia pode ser mais ativa e participativa. Pois, não importa se a pessoa é religiosa ou não, o impacto da fé leva ao desenvolvimento e ao aprimoramento da pessoa humana.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

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