A grande festa da Cristandade – Final

A grande festa da Cristandade - Final - por Geraldo Maia do Nascimento – [email protected] – www.blogdogemaia.com

A grande festa da Cristandade – Final

Na semana passada começamos a falar sobre a grande festa da cristandade que é o Natal e dos símbolos que a compõem. Hoje vamos continuar falando desses símbolos, que têm grandes significados e a maioria das pessoas não sabem, mas evidentemente sentem o espirito e a magia do natal nos seus aspectos mais fundamentais através deles.

Um dos símbolos mais presentes nessa época são as bolas coloridas, colocadas nas pontas dos galhos dos pinheiros ou árvores artificiais, representando os frutos da vida humana e seus desejos, tais como amor, esperança, perdão e alegria. De formas e tamanhos diferentes, os enfeites também representam os gestos concretos de amor entre irmãos da Terra. Inicialmente eram usadas frutas verdadeiras, que no final eram comidas pelas crianças. De acordo com a lenda, quando em um ano não houve frutas para decorar a árvore, um artesão fez bolas de vidro para as imitar. Em decorrência da sua arte, as bolas de vidro acabaram se tornando uma tradição e um elemento decorativo que não pode faltar no Natal. Essas bolas de vidro ou plástico com o passar dos anos vão perdendo o brilho, mas estarão cada vez mais cheias de lembranças e emoções acumuladas.

As Estrelas geralmente aparecem no topo das árvores de Natal e, segundo a crença Cristã, uma estrela acompanhou e orientou a caminhada dos três Reis Magos até Belém, onde Jesus nasceu. A misteriosa estrela de Belém é citada na Sagrada Escritura em Mateus (Mt. 2,2.9.10). É sempre usada como símbolo de alegria, de guia para despertar e atrair. A sua origem provém de convicções antigas que os grandes homens tinham uma estrela no céu. Essas estrelas são representadas em vários formatos: com quatro pontas representam os pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste); com cinco pontas representam o ser humano, com braços e pernas esticadas e a cabeça onde está à vontade; com seis pontas representam a paz.

As Velas de Natal simbolizam a fé, a luz de Cristo que ilumina a humanidade. Consta que na Alemanha um senhor costumava colocar velas na sua janela para iluminar o caminho dos viajantes. Dessa forma, as velas natalinas assumem o papel de representar a luz que o nascimento de Jesus traz para a vida das pessoas, porque Ele veio para dissipar as trevas, a escuridão. Com o tempo, esse costume foi mesclado aos da igreja e a vela ganhou como símbolo, Jesus, a luz do mundo. No início as famílias fabricavam artesanalmente as suas velas, usando cera pura, fabricada por abelhas, conservando a sua cor natural. Não há uma maneira ideal para o uso de velas. O uso mais comum é para decoração dos ambientes. Elas podem ser excelentes acessórios para conferir charme e deixar os espaços mais confortáveis e aconchegantes. Incorpore as velas em qualquer ambiente, seja quarto, sala ou até mesmo banheiro. São muitas as vantagens, sendo o principal deles a estética! Ao acendê-las, a chama cintila, serpenteia, atrai e ilumina o nosso ser.

Os Fios de Prata são adornos da árvore de Natal. Conta uma lenda que, num determinado tempo e lugar, quando a árvore de Natal ficou pronta, foi admirada pela família e os animais da casa. As aranhas que habitavam o celeiro também quiseram vê-la, mas foram impedidas. Durante a noite, quando todos estavam dormindo, elas entraram por baixo da porta e não só viram a árvore, como subiram pelos seus galhos. Ao amanhecer, o menino Jesus veio abençoar a árvore, e para a sua surpresa viu que ela estava coberta de teia de aranha. Jesus, com seus dedos milagrosos, tocou nos fios da teia e eles ficaram prateados. Por esse motivo é costume, hoje, ornamentar a árvore com fios prateados.

E por fim temos a Ceia Natalina que teve origem na Europa, onde as pessoas costumavam deixar a porta das suas casas abertas para receber viajantes. Simboliza a união e a confraternização das famílias. Por esse motivo na véspera do Natal, os familiares se reúnem à mesa para a tradicional ceia de Natal. Era costume, na época, que após a missa do galo, celebrada a meia noite do dia 24, era servida uma refeição frugal aos presentes. Com o passar do tempo essa refeição foi transferida para as casas dos fiéis e tornou-se mais sofisticada. Iguarias deliciosas, assados, bolos, pudins, passas, nozes, castanhas e outras iguarias se tornaram indispensáveis. E costuma-se deixar, na ceia natalina, uma vela acesa para nos lembrar a fé das pessoas em Jesus Cristo, que continua brilhando através dos tempos.

Com essas explicações quero aproveitar para desejar um Feliz Natal a todos e que possamos aquecer nossos corações com o clima de Natal e transmitir esse amor a todos que nos rodeiam.

pesquisador e historiador  – Geraldo Maia do Nascimento – [email protected]

Deixe um comentário