ANÁLISE: “DESAFIO É A BUSCA DE CAMINHOS ECONÔMICOS GLOBAIS”
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Ney Lopes
Analistas da BBC de Londres publicam análises do Fórum Econômico de Davos, que se realiza na Suíça.
Uma dessas análises aborda como lidar com choques, que atingiram a economia mundial.
Em 2022 um terço do mundo enfrentou a inflação.
Entretanto, Davos tem uma previsão otimista para 2023.
Há alguns sinais de que os primeiros indicadores de alta da inflação na economia mundial estão começando a se normalizar.
Por exemplo, a Tesla, empresa de Elon Musk, atribuiu sua decisão de reduzir os preços de seus carros elétricos na semana passada a essa mudança.
Em todo o mundo, parece que a inflação, embora alta, atingiu o pico.
Incrivelmente, grande parte da Europa conseguiu acabar com sua dependência do gás russo no espaço de um ano, construindo terminais temporários para processar o gás liquefeito embarcado, de modo que não dependa de gasodutos da Sibéria.
No entanto, também surgem novas tensões, levantando questões sobre até que ponto a inflação acabará caindo.
A nova legislação de Joe Biden para impulsionar a economia verde da América inclui £ 300 bilhões em subsídios para a compra de carros elétricos, mas apenas se eles forem fabricados principalmente na América do Norte.
A Lei de Redução da Inflação também afeta uma série de outras manufaturas e produção e está exigindo que algumas empresas europeias instalem suas fábricas nos EUA.
Enquanto isso, os líderes europeus estão furiosos e prestes a responder, potencialmente com subsídios significativos próprios, presumivelmente também contendo cláusulas “Compre europeu”.
Os EUA justificam que sua nova legislação visa competir com a China
Há outro fenômeno que poderá afetar a economia global, que é a expansão da nova plataforma de inteligência artificial.
Essa tecnologia poderá ser tão impactante a ponto de causar um choque econômico global. Será um salto à custa da perda de milhões de empregos existentes.
Em resumo, as decisões do Fórum de Davos poderão influir decisivamente principalmente em economia como a do Brasil.
Com a guerra na Europa, a reabertura da China e a ocorrência de uma revolução tecnológica há muito esperada, as decisões políticas e de investimento poderão mudar a direção da economia mundial.
Diante dos desafios econômicos globais, não há outra alternativa, senão aguardar!